David Dinis, Director
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Bom dia!
O furacão Irma ganhou escala - e transformou-se no mais devastador desde 1988, com ventos de quase 300 quilómetros por hora. Segundo a Associated Press, o Irma chegará às Caraíbas hoje mesmo. Há já bases navais evacuadas e estados de emergência declarados em vários estados americanos por ele deverá passar.
O Presidente da Coreia do Sul pediu ajuda a Putin, para que trave a deriva nuclear de Pyongyang, depois dos avisos da Coreia do Norte de que terá mais "presentes" a caminho. Com os mercados financeiros em queda, a comunidade internacional parece não sair do impasse: a prioridade dos EUA é reforçar as sanções, a Rússia avisa que essa não é a solução e China nada fará até Outubro, explica aqui o João Ruela Ribeiro.
No Brasil, a PGR deduziu acusação contra Dilma e Lula, entre outros políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores. Os termos não são macios: “Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de Maio de 2016, os denunciados integraram e estruturaram uma organização criminosa. Lula e Dilma Rousseff titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral”.
E nem o futebol corre bem ao Brasil. Ontem, a caminhada da selecção canarinha rumo ao mundial foi travada na Colômbia. Enquanto pela Europa a Espanha deu festival, a Itália recuperou e a Islândia continuou a fazer das suas. O Paulo Curado resume a jornada, enquanto a Sofia Lorena conta a história mais deliciosa: como a selecção da devastada Síria pode ainda apurar-se para o Mundial.
Por cá, há notícias de um revés para Adrien: a inscrição na Liga inglesa terá sido rejeitada pela FIFA, o que pode deixar o internacional português sem jogar até Janeiro.
Quem terá que fazer uma pausa é Salvador Sobral. “Chegou infelizmente a altura de entregar o meu corpo à ciência”, anunciou o cantor, que dará um concerto de "despedida temporária" na sexta-feira. Para ele, fica a nossa fé na ciência - e um desejo de que tudo corra bem.
No Público hoje
Na nossa manchete está a guerra no SNS. Os enfermeiros em protesto dizem que as cesarianas estão a aumentar, conta-nos a Alexandra Campos, num texto onde se explica que o protesto radical não vai mesmo parar. Nem com a intervenção de Marcelo, que chamou as ordens profissionais com um recado bem claro, mais para os enfermeiros do que para os médicos. Se quiser conhecer o que estes profissionais reivindicam, aqui está o link.
Mas há outras reivindicações em curso (com ponto de situação variável): o Ministério da Justiça retomou negociações com os procuradores; enquanto, na Educação, uma providência cautelar tenta travar colocações de professores.
No caso das viagens, a mira está agora apontada à Microsoft. Diz o jornal i que com um "polvo" social-democrata a convidar autarcas a visitar "cidades inteligentes".
Nos incêndios também há nova polémica: o chefe operacional da Protecção Civil alvo de queixa na IGAI. Rui Esteves tem sido criticado pela sua acção em vários incêndios. O Secretário de Estado pediu relatório à Protecção Civil sobre o que aconteceu em Mação, mas o autarca e um deputado do PSD pressionam para uma investigação da Inspecção da Administração Interna. Liliana Valente, contas a notícia?
E uma velha também: o JN conta esta manhã que alguns milhões do fundo público de Pedrógão ainda não foram entregues - nomeadamente os prometidos por Timor e os recolhidos pelo BPI. O Governo, de todo o modo, seguiu o conselho de Marcelo e decidiu esclarecer o que pode sobre o assunto.
Ainda sobre Marcelo, registe este pedido de Passos: que se pronuncie sobre anúncios do Governo em vésperas de eleições. Passos, claro, está a falar do Orçamento de 2018, que ontem não andou muito na reunião do BE com Vieira da Silva.
Hoje será o CDS a dizer presente no debate sobre obras públicas: Assunção Cristas apresentará a lista de investimentos que considera imprescindíveis para o futuro do país, aproveitando a marcha das autárquicas.
E já que falamos de autárquicas, estas são as últimas da campanha: a taxa de protecção civil começa a cair pelo país fora - com Lisboa a resistir. Enquanto o segundo debate televisivo sobre o Porto acabou... numa certa saudade.
Paragem obrigatória
Vamos às leituras mais longas do dia, aquelas que melhor nos explicam a actualidade.
1. Há muito, muito tempo, era Lisboa outra cidade.... Na entrada da campanha das autárquicas, o João Pedro Pincha foi ao arquivo documental do PÚBLICO vasculhar como foi a campanha de 1997. Fê-lo ao ritmo de José Cid, para nos divertir, mas seguindo o guião da campanha de hoje. E começa assim: "Um programa de habitação para jovens, a redução do número de carros na cidade, o desenvolvimento dos transportes. Alguns dos temas fortes das autárquicas de 1997 voltaram para nos atormentar. Ou melhor: nunca desapareceram." Entre por aqui, a música está mesmo a começar.
2. Há muito Portugal para descobrir de comboio. Vouguinha, Miradouro, Comboio Histórico, The Presidential. Até ao fim de Outubro, ainda rolam - ou vão rolar - nos carris composições especiais que piscam o olho aos turistas. Na Fugasdesta semana, o Carlos Cipriano (que conhece melhor as linhas e as carruagens do que a CP), propôs-se a fazer-nos uma visita guiada. Venha daí, conhecer Portugal à janela do comboio.
3. Quando a noite já não é noite. A poluição luminosa é a de que menos se fala - mesmo sendo ela a mais visível. A a “revolução” tecnológica dos LED, que poderia ser uma oportunidade para iluminar menos mas controlar a poluição luminosa, está a transformar-se num erro. No tema que fez a capa do P2, o investigador Raul Cerveira Lima explica porquê.
4. À procura de Jim Carrey, desaparecido em Veneza. Jim Carrey nunca existiu – e sobretudo não existiu enquanto rodou Homem na Lua, em que se deixava ocupar pelo misterioso Andy Kaufman. Quase 20 anos depois, o actor foi mostrar a Veneza o making of desse desaparecimento. O Vasco Câmara ouviu-o a celebrar: “It’s such a fucking relief”.
O dia à nossa frente
António Costa vai lançar o novo ano escolar, explicando o que mudará numa escola do país. Enquanto o Parlamento reabre, com uma conferência de líderes que vai agendar os debates e projectos que sobem a plenário antes das autárquicas e até ao Orçamento. Um desses diplomas tem a ver com outro tema do dia: a reunião entre trabalhadores da PT e a presidente da empresa, para discutir despedimentos e ilegalidades detectadas pela ACT. Lá fora, tudo começa a voltar à normalidade: Theresa May enfrenta os deputados com o Brexit a atrapalhar a discussão; a Fed apresenta o seu Livro Bege, onde diz como vai a situação económica dos EUA. E o Papa Francisco vai à Colômbia, numa viagem que marca o início de um processo de reconciliação.
Aqui no PÚBLICO, preparamos as nossas próximas viagens. A primeira é o "Festival P", já no sábado em Lisboa, com uma mão cheia de conversas marcadas e muito tempo para estar consigo. Já lhe disse que acaba com a Gisela João? É só ver aqui e aparecer. Até lá, siga-nos com as notícias.
Dia feliz! Até já!
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