segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Coreia nuclear. Cartel do fogo. Escolas diferentes (e as 10 mil edições do PÚBLICO)

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
A Coreia do Norte fez um teste nuclear e deixou o mundo num impasse.Na reacção, esta noite, a Coreia do Sul fez uma demonstração de força: fez um exercício militar, usando mísseis balísticos; e deu mais um passo para montar um sistema de defesa americano (muito criticado pela China). Com novos alertas para um possível novo teste norte-coreano, Trump ameaçou impor um bloqueio comercial a todos os que tenham relações com a Coreia do Norte (mais um problema para Pequim). O The Guardian dá-nos o sumário desta noite de tensão, mas há mais matéria para ler: um P&R explicando a bomba de Kim; a crítica de Trump aos seus aliados neste conflito; um necessário ponto de situação sobre o que sabemos; um artigo de Carlos Gaspar sobre "A escalada norte-coreana)"; e o artigo do Alexandre Martins, que começa pela conclusão - "Atacar, recuar ou ficar parado: todos os caminhos que vão dar à Coreia do Norte são perigosos".
Esta noite, Trump deu seis meses para acabar com o programa de integração de jovens imigrantes sem documentos. Na América, ainda lhes chamam "dreamers".
Na Alemanha, Merkel arrasou Schulz no debate televisivo pré-legislativas. A Turquia acabou por ser o maior ponto de discórdia entre os dois candidatos.
Isto enquanto em Angola os líderes da oposição pediam uma recontagem de votos das presidenciais de há semana e meia.
No futebol, já saberá distoPortugal sofreu, mas ganhou, garantindo pelo menos o acesso à pré-qualificação para o Mundial. Mas a grande surpresa da noite foi o Luxemburgo, que conseguiu empatar a França. As tabelas, os países já qualificados e os resultados da jornada estão aqui.

No Público hoje

Na nossa manchete, uma notícia importante sobre incêndios: a Justiça investiga ramo português do Cartel do Fogo. Explica a Ana Henriques que, em Espanha, já foram detidas mais de duas dezenas de pessoas ligadas ao negócio do combate aos fogos. E as empresas que combinariam preços para irem a concursos públicos também operavam em Portugal. Para ler aqui.
À beira da reabertura do ano escolar, falámos com responsáveis de 31 escolas que vão entrar na experiência de flexibilização, perguntando o que vão fazer com os 25% das horas que lhes cabem. Conclusão do Samuel Silva: os currículos flexíveis vão distinguir mais as escolas umas das outras. No JN também se fala desta rentrée, mas olhando para outro ângulo: o aumento das candidaturas às universidades privadas.
Temos também um artigo de Carlos Costa, onde o governador do Banco de Portugal diz que Portugal tem que melhorar a qualidade da gestão das empresas - e acelerar a inovação - para aumentar a sua competitividade.
O Ricardo Cabral fala sobre um problema na mão do Banco de Portugal: o processo do BCP contra o modo como está a ser tentada a venda do Novo Banco. Chama-lhe "um significativo obstáculo".
Falamos também de concursos públicos, por causa de uma alteração à lei que fará com que o melhor critério possa não ser o preço
Da política, sobram dois discursos de ontemJerónimo pedindo mais impostos sobre "o grande capital"Passos pedindo menos IRS para todos (e defendendo Cavaco). Logo depois apareceu Costa, disparando sobre a direita e prometendo um Orçamento justo. Esta manhã, o Negócios diz que as progressões darão aumento para todos já em 2018. Todos, leia-se, os que tiverem direito.
Mas porque a actualidade também se faz em Veneza, deixo-lhe os mais recentes textos do Vasco Câmara sobre o festival de cinema: um com Judi Dench, Helen Mirren, Donald Sutherland lá dentro; outro com a comédia de Clooney e a dança de Samuel Maoz.

A nossa edição 10.000

“Finalmente, a longa espera terminou”. A 5 de Março de 1990, o Vicente Jorge Silva começava assim o primeiro Editorial do PÚBLICO. A longa espera foram os dois meses de números zero, após uma edição que acabou por não chegar às bancas e cuja primeira página anunciava uma mudança: “Liberdade, ano zero”.
O mote era a queda do Muro em Berlim, mas podia bem ser o de uma nova era no jornalismo. Hoje, esse jornal, o seu jornal, chega a um bonito número: 10.000 edições. "Foi uma falsa partida e uma chegada em grande", lembramos nós no texto com que lançamos o suplemento que hoje acompanha o jornal (e que nos acompanha online). Um suplemento que recorda mais de 10 mil dias de história, onde os seis directores desta casa escolhem a sua capa (e a explicam), onde os nossosfotojornalistas mostram aquela que mais lhes encheu o coração, onde o Luís Afonso fez o Bartoon 10.000, onde oito personalidades dedicam ao PÚBLICO uma homenagem (incluindo Paula Rego, que nos esboçou um desenho). Porque estas são apenas as primeiras 10.000 edições, também olhamos o caminho à nossa frente. Ao seu lado, porque estes 10.000 números também são seus.

O dia à nossa frente

Começa com Marcelo de regresso a Tancos, dois meses depois. E com uma nova visita de Assunção Cristas a Pedrógão. Passará pela apresentação do novo líder das secretas - avaliando pelo que disse ontem Marques Mendes. Mas o dia será marcado pelos enfermeiros que trabalham nos blocos de parto, que vão carregar nos protestos (deixando os médicos num dilema difícil). Lá fora, é a Coreia do Norte que marca a agenda: em Nova Iorque, o Conselho de Segurança da ONU vai discutir o que fazer face à ameaça crescente.
Por aqui ficaremos atentos, para que não perca pitada. Daqui segue um abraço, um lembrete para sábado... e um obrigado,
Até já!

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