A polícia catalã encerrou e selou 1300 das 2315 escolas que iriam servir de assembleias de voto para o referendo sobre a independência da Catalunha, no domingo.
A informação foi avançada pela agência AFP, que cita o máximo representante do governo de Madrid na Catalunha, Enric Millo.
Centenas de pessoas estão a ocupar escolas por toda a cidade de Barcelona, para garantir que o referendo marcado para domingo acontece. Segundo dados oficiais do governo catalão, 163 escolas (12%) das 1300 visitadas pela polícia catalã (Mossos d'Esquadra) foram ocupadas durante a noite de sexta-feira, com o objetivo de assegurar que as escolas sirvam de assembleias de voto.
Os estudantes e encarregados de educação alunos já foram avisados pelos Mossos que as escolas não podem estar abertas durante a madrugada se não estiverem em atividade de "serviço público". A polícia regional recebeu ordens para, sem recurso à força, encerrar todos os locais até às seis horas de domingo (cinco em Portugal continental), três horas antes da hora prevista para o início da votação. Qualquer que pessoa que se recuse a sair, "vai ser retirada", garantiu Millo.
Quatro feridos em confrontos
Quatro membros do Comité de Defesa do Referendo ficaram feridos, durante a noite, na escola Puig Agut, no município de Malleu (Barcelona), depois de um homem ter disparado contra o portão da instituição.
Bloqueio informático "impossibilita" referendo
Segundo as autoridades do governo espanhol na Catalunha, a infraestrutura tecnológica para a votação e contagem de votos foi desmantelada, o que torna "absolutamente impossível" a realização do referendo.
O delegado do governo disse que agentes da Guarda Civil realizaram buscas, com mandado, na sede da CTTI, o centro regional catalão com a tutela da tecnologia e das comunicações. Os agentes desativaram software idealizado para gerir as mais de 2300 assembleias de voto, bem como para a divulgação de resultados e aplicações para voto online.
O Governo da Comunidade Autónoma da Catalunha convocou para domingo um referendo sobre a autonomia da região, que o Estado espanhol considera ser ilegal.
Fonte: JN
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