sexta-feira, 6 de outubro de 2017

360º - Inês de Medeiros: a vida e as polémicas da mulher que tirou Almada ao PCP. E ainda: Montenegro não avança no PSD; as mudanças na função pública

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
No PSD, tudo se começa a definir. Ontem, ao fim da noite, Luís Montenegro anunciou que não se candidata à liderança. O ex-líder parlamentar do partido invocou razões “pessoais e políticas”. Fica, assim, aberto o caminho para Paulo Rangel avançar contra Rui Rio. Montenegro disse que não apoiava nenhum dos dois.

Quem vai apoiar alguém é o eterno Miguel Relvas. O antigo homem do aparelho de Passos deverá ajudar Paulo Rangel, segundo o Público.

Pedro Santana Lopes está a “cuidar” de um programa para o PSD. O antigo líder do partido não diz se se candidata, mas escreve hoje um artigo de opinião no CM contra "o número considerável de lapas" do PSD (sendo que não as identifica).


Mais informação importante
A vida de Inês de Medeiros, a mulher que tirou Almada ao PCP, passou do cinema para a política e as polémicas vieram com a chegada a S. Bento - o caso das viagens a Paris pagas pelo Parlamento e a defesa de uma possível mentira de José Sócrates na Assembleia deixaram-na exposta à fúria e à crítica. A Cátia Bruno falou com familiares e amigos para contar o percurso da nova (e inesperada) presidente da câmara de Almada.

O PCP voltou a falar nas autárquicas, e com palavras duras: Jerónimo de Sousa disse ontem que os resultados se explicam por um “quadro de hostilização” ao longo dos últimos meses e criticou os “cangalheiros e frustrados” que falam num possível desaparecimento do partido

A comemoração do 5 de Outubro foi politicamente agitada:

O Governo vai dar boas notícias à função pública: em 2018, vai desbloquear as progressões na carreira, as alterações obrigatórias de posicionamento remuneratório e as promoções. Mas não se sabe quando é que isto se reflecte nos salários, escreve o Público.

Também há mudanças nas horas extra da função pública: continuam os cortes, mas o Governo vai propor aos sindicatos que eles desçam de 50% para 30%, diz o DN.

Os chamados presos VIP, que precisam de “especiais medidas de proteção”, devem deixar o estabelecimento prisional de Évora (onde esteve detido, por exemplo, José Sócrates), e passar para uma prisão em Leiria. A proposta, noticiada pelo JN, é do Ministério da Justiça.

Na Catalunha, a guerra da independência chegou à economia. Esta manhã, o governo de Madrid aprova um decreto a facilitar a saída rápida das empresas da região. Quem sente maior urgência são os bancos, que reúnem os seus conselhos de administração esta tarde e temem uma fuga de capitais se ficarem de fora do sistema europeu de proteção de depósitos. O Sabadellirá para Alicante, o CaixaBank (que controla o português BPI) admite partir para as Baleares.

É uma posição surpreendente: nos Estados Unidos, a NRA, o maior grupo pró-armas do país (e tradicionalmente pouco disponível para a moderação), defendeu um maior controlo sobre dispositivos para converter armas semiautomáticas em metralhadoras, como aquele que foi usado pelo atirador de Las Vegas.

Trump prepara-se para dar um passo atrás no acordo nuclear com o Irão, anunciando na próxima quinta-feira que o acordo não é do interesse nacional. Mas sem o revogar de imediato.


Os nossos Especiais

Vai haver uma nova Angola com João Lourenço? No Conversas à Quinta, José Manuel Fernandes, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto explicam quem é o novo Presidente e o que se pode esperar dele.


A nossa Opinião

Rui Ramos escreve sobre a Catalunha: "O golpe separatista na Catalunha mostrou como uns episódios de 'violência policial', ampliados com imagens falsas, bastam para fazer parecer pouco importante a destruição da lei e da democracia".

Paulo Tunhas também escreve sobre o tema: "Que, além de ilegal, o pseudo-referendo catalão tenha sido uma paródia de si mesmo, com as mesmas pessoas a votarem várias vezes e mil outras coisas assim, mais uma vez nada conta".

E ainda Diana Soller: "Se na Catalunha dá para o torto, abre-se uma Caixa de Pandora que pode levar décadas a fechar, com danos consideráveis".

Helena Garrido escreve "O adeus de Passos Coelho": "A história fará justiça a Pedro Passos Coelho. Neste momento ninguém quer saber do futuro e muito menos do passado. Só o presente conta e tem de ser feliz".

João Marques de Almeida escreve sobre "a política depois de Passos Coelho": "Pedro Passos Coelho assusta a oligarquia política nacional, que vai desde o PCP a sectores do PSD, porque tem uma visão para o nosso país diferente daquela que foi construída desde a década de 1980".


Notícias surpreendentes

Kazuo Ishiguro venceu o Prémio Nobel da Literaturadeste ano pela “força emocional” de obras como "Os Despojos do Dia" ou "Nunca me Deixes". Há muitos livros dele para ler em português, como pode ver aqui. Um deles (precisamente "Os Despojos do Dia"), mudou a vida de Jeff Bezos, CEO da Amazon.

Há mais Kazuo Ishiguro no Observador: Pedro Vieira escreve sobre o Nobel pop que não canta mas cumpre.

Esta semana, há três filmes para ver no cinema: “Blade Runner 2049”, a continuação do épico de Ridley Scott; “Borg vs McEnroe”, sobre a rivalidade entre os dois tenistas; e “Al Berto”, de Vicente Alves do Ó, sobre um período da vida do poeta português.

Está mesmo a chegar "Middle-Earth: Shadow of War", o novo jogo que se passa no universo de Tolkien.O nosso crítico dá-lhe quatro estrelas.

Já estamos a viver com as Kardashians há 10 anos. “Keeping Up With The Kardashians” é o mais popular reality show do género e vai para a 14.ª temporada. A Catarina Homem Marques mostra porque é que é mais do que um programa de televisão.

Daqui a pouco, às 10h, é anunciado o vencedor do Prémio Nobel da paz deste anos. Siga tudo no Observador.
Até já!
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