É um encontro nacional de alunos brasileiros que estão a estudar nas Universidades em Portugal. São esperados mais de 250 estudantes de locais como Bragança, Coimbra ou Faro.
A Universidade do Algarve tem alunos de 80 nacionalidades mas são os brasileiros que estão à frente no ranking. São eles também que têm procurado cada vez mais esta instituição de ensino superior.
Génesis Azevedo veio frequentar o curso de Ciências Biomédicas, depois de já ter feito um ano académico noutro curso em Lisboa e no Porto."Decidi voltar para fazer a 2ª graduação". Explica a sua escolha dizendo que o país "é seguro, acolhedor e o ensino é bom".
Fator que também pesa na decisão de muitos brasileiros é o facto de um estudante estrangeiro pagar entre 2.500 a 3000 mil euros de propinas anuais numa licenciatura na Universidade do Algarve, praticamente o que paga mensalmente numa faculdade privada no Brasil. "A economia do Brasil está de uma forma preocupante e a pessoa começa a pensar no futuro e desanima-se de ficar", lamenta Génesis.
Paulo Águas, vice-reitor da Universidade do Algarve, lembra que o número de estudantes do lado de lá do Atlântico tem vindo sempre a subir." Em três anos passámos de 200 estudantes brasileiros para 500". A expectativa este ano é que a Universidade possa ter 700 estudantes de nacionalidade brasileira.
Alexandro Bécker tem uma bolsa de pós doutoramento e é o presidente do Núcleo de Estudantes brasileiros da Universidade do Algarve. É ele um dos organizadores do encontro que vai juntar cerca de 250 alunos que se encontram a estudar em Portugal.
Para que todos se conheçam e integrem num País onde a comida é diferente, "O brasileiro está acostumado ao feijão, arroz, carne e aqui é o peixe e a salada".E a língua, embora seja a mesma, tem expressões muito próprias e difíceis para um brasileiro entender."O 'epa', o 'rapariga', o 'se calhar'", enumera Alexandro.
O vice-reitor da Universidade do Algarve espera que esta união académica Portugal Brasil, que já vai no 3º ano, perdure. "São laços que se criam com estes jovens por 40-50 anos. Eles nunca vão esquecer que fizeram a sua formação em Portugal".
Fonte: TSF
Foto: Universidade do Algarve UAlg/DR
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