O chefe de Estado português considera que a eleição do ministro das Finanças para a liderança do Eurogrupo não será a última deste ano com carimbo nacional.
António Guterres, Mário Centeno, campeonato europeu de futebol, visita do Papa, Eurovisão. As ‘vitórias’ de Portugal perante a comunidade internacional ecoam na imprensa estrangeira – e Marcelo Rebelo de Sousa não se cansa de as elogiar.
“Somos o nórdico do século XXI”, disse o Presidente da República, numaentrevista ao El País, onde referiu que Portugal se afirmou como um país com uma posição aberta, dialogante, “tecnicamente competente e politicamente flexível”.
O chefe de Estado português considera que a eleição do ministro das Finanças para a liderança do Eurogrupo não será a última deste ano com carimbo nacional. Segundo adiantou Marcelo Rebelo de Sousa ao jornal espanhol, em declarações divulgadas ontem, o país é “uma ponte em todas as decisões internacionais graças a trabalhos contínuos, como o do ministro dos Negócios Estrangeiros e o do embaixador na União Europeia”.
“Portugal, devido à sua presença em diferentes continentes, pela sua flexibilidade, é um mediador natural, e a eleição de Centeno e a que pode ser realizada em breve nas Nações Unidas mostra que não é algo acidental, mas o resultado desse espírito de Portugal para construir pontes entre países e entre posições distantes”, argumentou.
O Presidente da República fez ainda referência ao contexto de “movimentos na Europa”, dando como exemplo o Brexit, o governo de Macron, a Alemanha sem governo ou as futuras eleições em a Itália. “Nesse conjunto de realidades em mudança, a solução era encontrar uma solução equilibrada, Portugal”, explicou o governante.
Ao mesmo diário, o chefe de Estado aplaudiu também a decisão do primeiro-ministro, António Costa, de escolher um caminho pró-europeu para o governo socialista, ainda que o seu Governo seja sustentado pelos partidos de esquerda.
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