“António
Fragoso e o seu Mundo” vai ser celebrado em Cantanhede com um
concerto do Ensemble
MPMP (Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa), na Igreja
matriz de Cantanhede na próxima sexta-feira, 5 de janeiro, a partir
das 21h00. Inserido no programa de ações que a Associação António
Fragoso está a organizar apropósito do centenário da morte do virtuoso pianista nascido na
Pocariça em 1897 e considerado um dos mais talentosos compositores
da sua geração, o espetáculo conta com o apoio da Câmara
Municipal de Cantanhede e tem entrada livre.
A
direção do Ensemble MPMP estará a cargo do maestro Martin Sousa
Tavares, que é também o responsável pela orquestração da peça
de abertura, o Nocturno
em Si b menor,
de António Fragoso, a que se seguirão peças de dois compositores
seus contemporâneos, designadamente as Duas
Melodias Elegíacas,
Op. 34, de Edvard
Grieg,
e Danse
Sacrée et Danse Profane,
de Claude Debussy. Na segunda parte, o regresso ao universo musical
de António Fragoso será com Três
Peças do séc. XVIII,
numa orquestração de Sérgio Azevedo, ponto de partida para uma
viagem que inclui a
interpretação de Tombeau
de Couperin,
de Maurice Ravel, e Petite
Suite,
de Claude Debussy.
O
concerto contará com a participação da harpista Teresa Romão da
Conceição, que além de instrumentista em todo o programa, será
solista na última obra da noite, a Petite
Suite, de Claude Debussy.
Ensemble
MPMP (Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa)
O
Ensemble
MPMP (Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa
é um grupo de instrumentação flexível que tem desenvolvido, desde
2012, um trabalho de proximidade com musicólogos e compositores com
vista à redescoberta de património passado e à valorização de
repertórios contemporâneos. Apresentou-se no Festival Prémio
Jovens Músicos (Centro Cultural de Belém, em 2013, e Grande
Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2015) e no Festival
de São Roque (2013, 2014, 2015 e 2017), tendo estreado modernamente
obras de Marcos Portugal (1762-1830), João José Baldi (1770-1816),
D. Pedro IV (1798-1834), Joaquim Casimiro Júnior (1808-1862),
Francisco Norberto dos Santos Pinto (1815-1860), Francisco de Freitas
Gazul (1842-1925) e Augusto Machado (1845-1924). Em março de 2014 o
duo de piano a quatro mãos e o quarteto d’arcos do Ensemble
MPMP apresentaram-se no
Brasil no âmbito da digressão ‘Música portuguesa em viagem’,
com apoio do Governo de Portugal / Direcção-Geral das Artes, no
contexto da qual gravou um programa exlusivo para a TV Brasil. Em
2015 levou à cena as óperas O
cavaleiro das mãos irresistíveis
e Cai
uma rosa…,
respetivamente de Ruy Coelho (1889-1986) e de Daniel Moreira (1983-),
nos Teatros Municipais de Almada e do Porto. Colaborou com o Grupo de
Música Contemporânea de Lisboa, aquando do lançamento da revista
glosas
n.º 8, e concebeu os
projetos “Latitudes”, um ciclo que teve como principal objetivo a
interpretação de autores portugueses vivos de diversas origens,
experiências, locais e escolas, e “Música Portátil”, ciclo
dedicado à divulgação de obras de câmara de diversos períodos e
incluindo sempre estreias absolutas de jovens compositores.
Recentemente, participou no Festival Dias da Música 2017 (Centro
Cultural de Belém), apresentando o Requiem
à memória de Camões de
João Domingos Bomtempo, evento que foi transmitido televisivamente
pela RTP.
Maestro
Martim Sousa Tavares
Martim
Sousa Tavares é natural de Lisboa, onde iniciou estudos de piano e
concluiu na Universidade Nova de Lisboa a licenciatura em Ciências
Musicais. Em 2012 muda-se para Milão, para frequentar a Italian
Conducting Academy
e o Conservatorio
di Musica di Brescia,
diplomando-se em ambas as instituições em Direção de
Orquestra com o máximo de valores e cum
laude,
tendo estudado com os maestros Gilberto Serembe e Umberto Benedetti
Michelangeli. Atualmente encontra-se a terminar um mestrado em
Direção de Orquestra na classe de Victor Yampolsky na Bienen
School of Music,
Northwestern University, em Chicago. É recipiente de bolsas
Fulbright
e
Eckstein Foundation.
Cumpre a segunda temporada na função de maestro assistente da
orquestra barroca, e de cover
conductor com
as restantes orquestras da universidade.
Em
Itália funda em 2014 a Orchestra
di Maggio,
com a qual realiza vários concertos em múltiplas cidades, tendo
este projeto sido objeto de um documentário (Primo
Movimento,
Stefano Rigamonti) e agraciado com o apoio da Fundação Torchiani.
Tendo
dirigido orquestras de 7 países diferentes, cobre um repertório
amplo, do período barroco à estreia absoluta de várias obras,
colaborando regularmente com solistas, compositores e assistindo
outros maestros.
Paralelamente
à atividade diretorial, promove desde 2014 a divulgação e
apreciação da música clássica através da série de
cursos O
que ouvir na Música Clássica, tendo-os
apresentado em várias cidades de Portugal. É em 2017 orador
convidado pelo Buffet
Institute for Global Affairs,
e encontra- se atualmente a desenvolver um projeto de educação
musical não formal nos Estados Unidos que será pioneiro no seu
género, e que trará para Portugal em 2018.
Harpa
Solista
Teresa
Barros Pereira Romão da Conceição nasceu no Porto, em 1997.
Iniciou os estudos musicais aos 6 anos de idade no Conservatório
de Música Calouste Gulbenkian
de Braga, na classe de harpa da professora Eleonor Picas, com quem
completou o 8.º grau, em 2015. No mesmo ano ingressou no Royal
Conservatoire of Scotland onde
frequenta agora o terceiro ano da licenciatura em Performance Musical
com a professora Pippa Tunnel.
Apresentou-se
em recitais de música de câmara e a solo em várias salas de
espetáculo nacionais e internacionais, em concertos do Conservatório
de Música Calouste Gulbenkian e
do Royal Conservatoire of
Scotland, nos Encontros Ibéricos
de Harpa e no Festival de Harpa do Porto.
Teve
o privilégio de ter masterclasses
com harpistas como: Ieuan Jones, Gabriela Bosio, Erika Waadenburg,
Gabriela Mossyrsch, Sioned Wiliams, Gabriela Dall’Olio, Lucy
Wakeford e Elinor Bennett.
Integrou
várias orquestras e estágios orquestrais com a Orquestra
Sinfónica do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian
de Braga - com quem tocou a solo - com a Orquestra
Académica da Universidade do Minho,
a Orquestra das Beiras,
a Orquestra Sinfónica do Royal
Conservatoire of Scotland, a
Orquestra da Scottish Opera
e a Royal National Orchestra of
Scotland. Teve a oportunidade de
trabalhar com os maestros Ernest Schelle, Pedro Carneiro, Alpesh
Chauhan, David Danzmayr, Christian Kluxen, Mikhail
Agrest e Joana
Carneiro.
Tem
especial interesse em projetos de Música na Comunidade
principalmente no âmbito da música para crianças e no contexto
hospitalar, tendo desenvolvido os seus próprios projetos residentes
no Beatson Cancer Centre do
Hospital Gartnavel em Glasgow e
na Casa de Acolhimento do Redolho
em Águeda.
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