Todos os indicadores sobre acidentes nas estradas se agravaram em 2017.
Desde 1987 que as vítimas mortais nas estradas portuguesas não cresciam tanto como em 2017. Nesse ano da década de 80 o aumento foi de 15,8%, enquanto no último ano chegou aos 14,4%, quebrando uma tendência de queda constante desde 2010.
Os números agora divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) confirmam os dados que têm sido divulgados nos últimos meses: as estradas portuguesas voltaram a matar mais pessoas.
A grande diferença em relação a 1987 é que, na altura, o aumento de 15,8% significava mais cerca de 300 vítimas mortais (porque há três décadas morriam 2.296 pessoas nas estradas portuguesas), enquanto hoje, apesar da subida de 14,4%, em 2017 foram 509.
Recorde-se, no entanto, que daqui a alguns meses serão feitas novas contas que vão certamente aumentar este balanço pois a mortalidade registada até ao momento é apenas daqueles que faleceram no local do acidente ou no transporte para o hospital, faltando contabilizar todas as vítimas que morreram depois, já hospitalizadas.
Os números da ANSR revelam ainda que 2017 teve um total de 130.157 acidentes (+2,3% que em 2016), 2.181 feridos graves (+3,7%) e 41.591 feridos leves (+6,3%), o que significa que o último ano foi mais negativo em todos os indicadores da sinistralidade rodoviária.
TSF
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