quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Há 30 anos que a mortalidade nas estradas não crescia tanto

Todos os indicadores sobre acidentes nas estradas se agravaram em 2017.
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Desde 1987 que as vítimas mortais nas estradas portuguesas não cresciam tanto como em 2017. Nesse ano da década de 80 o aumento foi de 15,8%, enquanto no último ano chegou aos 14,4%, quebrando uma tendência de queda constante desde 2010.
Os números agora divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) confirmam os dados que têm sido divulgados nos últimos meses: as estradas portuguesas voltaram a matar mais pessoas.
A grande diferença em relação a 1987 é que, na altura, o aumento de 15,8% significava mais cerca de 300 vítimas mortais (porque há três décadas morriam 2.296 pessoas nas estradas portuguesas), enquanto hoje, apesar da subida de 14,4%, em 2017 foram 509.
Recorde-se, no entanto, que daqui a alguns meses serão feitas novas contas que vão certamente aumentar este balanço pois a mortalidade registada até ao momento é apenas daqueles que faleceram no local do acidente ou no transporte para o hospital, faltando contabilizar todas as vítimas que morreram depois, já hospitalizadas.
Os números da ANSR revelam ainda que 2017 teve um total de 130.157 acidentes (+2,3% que em 2016), 2.181 feridos graves (+3,7%) e 41.591 feridos leves (+6,3%), o que significa que o último ano foi mais negativo em todos os indicadores da sinistralidade rodoviária.
TSF

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