segunda-feira, 11 de junho de 2018

Trump abriu guerra ao G7. Fará a paz com Kim?

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 

Bom dia! O fim-de-semana, foi bom?
Aqui vão as últimas notícias:

Merkel disse que Trump teve uma atitude "deprimente". Numa entrevista à televisão germânica ARD, a chanceler alemã lamentou o tweet com que o presidente americano se demarcou das conclusões do G7 e concluiu que a UE vai implementar medidas retaliatórias face às tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio. A guerra comercial está, assim, mesmo à porta. Ajudada por aquela fotografia do G7 que tem leituras diferentes consoante as lentes de quem lidera.
Itália recusou o desembarque de 629 migrantes - e pediu a Malta que os acolha, mostrando como a política anti-imigração do novo governo italiano começa a produzir efeitos no Mediterrâneo. Mas, segundo o El PaisMalta também não autorizou o desembarque. O Aquarius espera desde sábado uma autorização, mas continua à procura de um porto. 
Vettel vence em Montreal e assume liderança da Fórmula 1. O piloto deu à Ferrari a primeira vitória no Canadá desde 2004. E está à frente de Hamilton por um ponto.
No ténis, Rafael Nadal não se cansa de vencer: Ontem conseguiu o seu 11.º título em Roland Garros e o 17.º no Grand Slam - mostrando que continua sem rivais na terra batida.

Os títulos do dia

O hospital de São João vai abrir nova ala para crianças com cancro. Será uma solução transitória, porque o dinheiro prometido ainda não chegou, diz o JN.

Ler com atenção

1. Um encontro histórico para começar um longo processo. É já esta madrugada: pela primeira vez, líderes dos EUA e da Coreia do Norte vão estar frente a frente. "Um mar de desentendimentos separa-os - o melhor é não entrarem em detalhes", recomenda o João Ruela Ribeiro, na antecipação da cimeira histórica de Singapura. É que, como explica Tiago Moreira de Sá"Trump aceitou em primeira instância encontrar- -se com Kim Jung-un e só depois começou a negociar praticamente tudo o que importa para que o encontro seja um êxito". O que provavelmente justifica por que a Casa Branca começou a reduzir as expectativas nas últimas semanas, o que é bem explicado por Jenny Town, analista no Stimson Center, nesta entrevista ao PÚBLICO.
2. Taiwan nunca esteve tão sozinha. Nem tão orgulhosa. Em apenas um mês, Taiwan deixou de ser reconhecida por dois dos seus aliados diplomáticos. Apesar da pressão crescente da China, os dirigentes do território reivindicado por Pequim confiam na manutenção do statu quo. Ninguém se atreve a falar abertamente em independência. Mas ela está lá. A reportagem é, também, do João Ruela Ribeiro.
3. Foi uma noite para a eternidade - e seis de ouroA eternidade foi com Nick Cave, no NOS Primavera Sound, "apaziguador ou feroz, desafiante ou afectuoso", nas palavras escolhidas pelo Vitor Belanciano, que nos arrepiam e levam de volta à noite chuvosa do Porto. O ouro foi com Chico Buarque e o seu Caravanas que veio percorrer o país do alecrim, aqui tão justamente retratado pelo Nuno Pacheco. Eu tive a sorte do mundo, de ver os dois e chorar por mais.
4. Bourdain, o “rebelde” que mostrou que “a grande cozinha pode estar em qualquer lado”. Criado em New Jersey, Bourdain começou desde cedo a interessar-se pela cozinha. Casou-se e divorciou-se por duas vezes – e do segundo casamento, com Ottavia Busia, teve uma filha, agora com 11 anos. Morreu nesta sexta-feira, aos 61 anos. O obituário fica aqui, onde nunca se esquece.

Hoje na agenda 

Por cá, Klaus Regling e Mário Centeno estarão numa conferência organizada pelo PÚBLICO, para discutir as mudanças na zona euro - e do actual Mecanismo Europeu de Estabilidade. Marcelo e Costa terminam as comemorações do 10 de Junho, lá pelos EUA. E começa uma greve dos trabalhadores da Petrogal que, atenção, talvez venha a afectar o abastecimento dos postos de combustível.
Lá por fora, Angela Merkel recebe os presidentes do FMI e do Banco Mundial, Christine Lagarde e Jim Yong Kim. E Singapura tem o privilégio de receber a cimeira Kim-Trump, já de madrugada (a hora marcada é às 2h00 de hoje para amanhã, hora de Lisboa).
Que dê paz. 
Um dia bom. Até amanhã!

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