Fundação atribui prémio de um milhão de euros na área da visão. |
O Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de um milhão de euros, foi entregue esta terça-feira, dia 4 de setembro, em Lisboa, a um trabalho desenvolvido ao nível prevenção e combate à cegueira e doenças da visão.
A edição de 2018 distinguiu o contributo dos investigadores Jean Bennett, Albert Maguire, Robin Ali, James Bainbridge, Samuel Jacobson e William Hauswirth, que desenvolveram a terapia genética para a Amaurose Congénita de Leber, uma forma de cegueira infantil, cuja causa genética foi descoberta por Michael Redmond, também premiado.
É a primeira vez que uma terapia genética consegue curar uma doença hereditária. Nesse sentido, esta é uma conquista revolucionária da medicina, que abre caminho a novos tratamentos de condições genéticas.
O trabalho dos investigadores premiados baseou-se na clonagem prévia do gene RPE65 por Michael Redmond e pelo reconhecimento do papel crítico deste gene no metabolismo da vitamina A para a visão.
A cerimónia de entrega do prémio contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
Sobre o Prémio
O Prémio António Champalimaud de Visão, lançado em 2006 com o apoio do programa “2020 – O direito à Visão” da Organização Mundial de Saúde, é o maior Prémio do mundo na área da visão, com um valor de 1 milhão de euros. Alternando entre duas áreas distintas, igualmente fundamentais, o Prémio reconhece descobertas científicas em terapias restaurativas ou nos mecanismos de processamento da visão (como o Prémio de 2018), e programas humanitários que visam combater as elevadas taxas de cegueira passível de tratamento, principalmente em países em desenvolvimento.
O júri do Prémio Visão é constituído por um distinto painel de conceituados especialistas internacionais e de notáveis figuras públicas cujas vidas têm sido dedicadas à resolução dos problemas e à supressão das necessidades dos países em vias desenvolvimento. Os membros são: Alfred Sommer, Amartya Sen, Paul Sieving, Jacques Delors, Graça Machel, Gullapalli Rao, José Cunha-Vaz, Carla Shatz, Joshua Sanes, Mark Bear and Susumu Tonegawa.
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