terça-feira, 12 de março de 2019

ESTUDO MERCER | LISBOA SOBE NA LISTA DAS CIDADES COM MELHOR QUALIDADE DE VIDA

ESTUDO MERCER – QUALITY OF LIVING 2019

21ª EDIÇÃO
LISBOA SOBE NA LISTA DAS CIDADES COM MELHOR QUALIDADE DE VIDA
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As tensões comerciais e as tendências populistas continuam a dominar o clima político e económico global. A conjugação entre o espectro de uma política monetária restritiva e a volatilidade iminente dos mercados leva a  que os negócios internacionais se encontrem mais pressionados do que nunca para garantir que as operações no estrangeiro tenham sucesso. O 21º estudo anual Quality of Living da Mercer mostra que muitas cidades em todo o Mundo ainda oferecem ambientes atrativos para fazer negócios. As cidades melhores pontuadas são as que perceberam  que a qualidade de vida é uma componente essencial no que se refere à atratividade de negócios e à mobilidade de talento.

Globalmente, Viena lidera o ranking pelo 10º ano consecutivo, seguida de perto por Zurique (2ª). Em terceiro lugar partilhado encontram-se Auckland, Munique e Vancouver – a cidade com melhor ranking na América do Norte nos últimos 10 anos. Singapura (25ª), Montevideo (78ª) e Porto Luís (83ª) mantêm o seu estatuto enquanto as cidades com o ranking mais elevado na Ásia, América do Sul e África, respetivamente. Apesar de Bagdade continuar no lugar mais baixo da lista, verificaram-se melhorias significativas associadas aos serviços de segurança e saúde. Caracas, contudo, viu as suas condições de vida caírem devido à instabilidade política e económica.

“Estruturas locais fortes são essenciais para as operações globais das multinacionais, e são impulsionadas em grande parte pelo bem-estar pessoal e profissional dos Quadros que as empresas colocam nesses locais,” refere Tiago Borges, Líder da área de Rewards da Mercer | Jason Associates.“Empresas que procuram expandir-se além-fronteiras têm uma série de considerações a nível local quando identificam a melhor localização para colocar os seus novos escritórios e colaboradores. A questão mais importante é terem acesso a dados relevantes, fidedignos e a uma avaliação padronizada, elementos essenciais para tomadas de decisão críticas, tais como onde colocar os escritórios ou , como irão distribuir, alojar e remunerar as suas pessoas a nível global.”

“As alterações que estão em curso em termos socioeconómicos a nível mundial estão a fazer com que as empresas e organizações reflictam mais a fundo sobre as oportunidades de negócio além-fronteiras. Diversos fatores entram em jogo nestas tomadas de decisão, tais como a segurança que incluímos na nossa análise deste ano,” comenta Tiago Borges. “No que se refere às principais conclusões que retirámos internamente, percebemos que Lisboa no que toca a segurança, subiu várias posições em comparação com o mesmo índice que lançámos em 2005. Estamos a atravessar um momento estável a nível económico, com investimento internacional, uma taxa de desemprego relativamente baixa e resultados animadores no que toca, por exemplo, às exportações. A qualidade de vida da capital portuguesa tem vindo a evoluir em todos os sentidos, fazendo de Lisboa uma opção incontornável a nível internacional.”

O estudo da Mercer é um dos mais abrangentes e é desenvolvido anualmente para permitir a empresas multinacionais e outras organizações remunerarem os seus colaboradores de forma justa quando os colocam em projetos internacionais. Para além de dados importantes relativamente à qualidade de vida, o estudo da Mercer faz uma avaliação de mais de 450 cidades em todo o mundo. Este ranking inclui 231 destas cidades.

Este ano, a Mercer disponibiliza um ranking separado sobre segurança pessoal que analisa a estabilidade interna das cidades, níveis de criminalidade, aplicação da lei, limitações à liberdade individual, relações com outros países e liberdade de imprensa. A segurança pessoal é um pilar de estabilidade em qualquer cidade, sem o qual os negócios e talentos não conseguem prosperar. Este ano, a Europa Ocidental lidera os rankings, com o Luxemburgo a ser considerado a cidade mais segura do mundo, seguido por Helsínquia, e as cidades suíças como Basileia, Berna e Zurique, juntas em segundo lugar. De acordo com o ranking de 2019 de segurança pessoal da Mercer, Damasco posiciona-se no fundo da tabela em 231º lugar e Bangui, na República Centro Africana, registou o segundo pior resultado, encontrando-se em 230º lugar.

“A segurança das pessoas é medida através de um largo conjunto de  fatores e está constantemente em mutação, visto que as circunstâncias e condições nas cidades e países muda de ano para ano. Estes fatores revelam-se essenciais para as multinacionais no sentido de decidirem quando devem enviar os seus colaboradores além-fronteiras, tendo em consideração preocupações em torno da segurança do expatriado, bem como o impacto significativo que pode ter relativamente ao custo de programas de compensação internacionais,” comenta Tiago Borges. “No sentido de permanecerem atualizadas acerca da qualidade de vida nas várias geografias que os seus colaboradores são colocados, as empresas precisam de dados precisos e métodos objetivos para as ajudar a determinar o custo das implicações de mudança de padrões de vida.”

Europa

As cidades europeias continuam a ter a qualidade de vida mais elevada do mundo, com Viena (1º), Zurique (2º) e Munique (3º) a ocuparem o primeiro, segundo e terceiro lugares na Europa, mas também no Mundo. 13 cidades do top 20 são europeias. As principais capitais europeias como Berlim (13º), Paris (39º) e Londres (41º) permaneceram estabilizadas no ranking deste ano, enquanto Madrid (46º) subiu 3 lugares e Roma (56º) subiu um. Minsk (188º) Tirana (175º) e São Petersburgo (174º) permaneceram como as cidades com o ranking mais baixo na Europa este ano, enquanto Sarajevo (156º) subiu três lugares devido à queda de crimes reportados.

A cidade mais segura da Europa foi Luxemburgo, seguida de Basileia, Berna, Helsínquia e Zurique, reunidas em segundo lugar. Moscovo (200º) e São Petersburgo (197º) foram, este ano, as cidades menos seguras na Europa. As cidades que mais caíram no ranking na Europa Ocidental entre 2005 e 2019 foram Bruxelas (47º), devido aos ataques terroristas recentes e Atenas (102º), refletindo a sua recuperação lenta da convulsão económica e política, em seguimento da crise financeira mundial.

Lisboa, encontra-se este ano na 37ª posição, tendo subido uma posição relativamente ao ano passado,. Esta classificação permite-lhe estar acima de cidades como Paris (39ª), Londres (41ª) ou Nova Iorque (44ª). Contudo, o grande salto da capital portuguesa verifica-se no ranking da Segurança. Neste, Lisboa encontra-se na 31ª posição, subindo 12 lugares relativamente a 2005, onde se encontrava em 43º. Neste aspeto Lisboa encontra-se acima de cidades como Dublin (32ª), Paris (60ª) ou Barcelona (61ª).

Américas

Na América do Norte, as cidades canadianas continuam a refletir os valores mais elevados, com Vancouver (3º) a registar o ranking mais elevado de qualidade de vida em geral, mas a partilhar o lugar com Toronto, Montreal, Ottawa e Calgary no que se refere a segurança. Todas as cidades norte americanas abrangidas pela análise caíram nos rankings deste ano, com Washington DC (53º) a ter a maior queda. A exceção foi Nova Iorque (44º) que subiu um lugar - visto a taxa de criminalidade na cidade continuar a baixar. Detroit mantém-se a cidade norte americana com a qualidade de vida mais baixa este ano, enquanto a capital haitiana Porto Príncipe (228º) é a mais baixa de todo o ranking americano. Questões de estabilidade interna e demonstrações públicas em Nicarágua fizeram com que Manágua (180º) caísse sete lugares no ranking de qualidade de vida este ano e a violência associada a cartéis e às elevadas taxas de criminalidade fizeram com que o ranking do México, de Monterrey (113º) e da Cidade do México (129º) permanecesse baixo.

Na América do Sul, Montevideo (78º) registou novamente a qualidade de vida mais elevada, enquanto a contínua instabilidade em Caracas (202º) fez a cidade cair nove lugares este ano no que se refere à qualidade de vida e 48 lugares no que se refere à segurança, para 222º lugar, tornando-a a cidade menos segura no continente americano. A qualidade de vida manteve-se basicamente inalterada durante o último ano em outras cidades chave como Buenos Aires (91º), Santiago (93º) e Rio de Janeiro (118º).

Sudeste Asiático e África

Dubai (74º) continua a registar o ranking mais elevado em todo o Sudeste Asiático quanto a qualidade de vida, seguida de perto por Abu Dhabi (78º); enquanto Sanaa (229º) e Bagdade (231º) contam com o pior registo na região. A abertura de instalações de lazer como parte do Saudi Arabia’s 2030 Vision, fez com que  Riade (164º) subisse uma posição este ano. Uma queda na taxa de criminalidade e a ausência de incidentes terroristas nos últimos 12 meses fez com que Istambul (130º) subisse quatro lugares. As cidades mais seguras do Sudeste Asiático são Dubai (73º) e Abu Dhabi (73º). Damasco (231º) é a cidade menos segura, tanto no Sudeste Asiático como no mundo.

Em África, Porto Luís (83º) foi a cidade com melhor qualidade de vida e também a mais segura (59º). Relativamente à qualidade de vida em geral, é seguida de perto por cidades sul-africanas como Durban (88º), Cidade do Cabo (95º) e Joanesburgo (96º), apesar destas cidades ainda registarem rankings baixos no que se refere à segurança pessoal. Questões relacionadas com a escassez de água na Cidade do Cabo contribuíram para que caísse um lugar este ano. Por outro lado, Bangui (230º) registou o pior resultado para este continente e também apresentou o ranking mais baixo relativamente à segurança pessoal (230º). O progresso da Gâmbia na direção de um sistema político democrático e a melhoria das relações internacionais e direitos humanos fizeram com que Banjul (179º) tivesse a maior melhoria na qualidade de vida em África, como também no mundo, tendo subido seis lugares este ano.

Ásia-Pacífico

Na Ásia, Singapura (25º) apresenta a melhor qualidade de vida, seguida por cinco cidades japonesas como Tóquio (49º), Kobe (49º), Yokohama (55º), Osaka (58º), e Nagoya (62º), e depois Hong Kong (71º) e Seoul (77º), que subiram dois lugares este último ano graças ao retorno da estabilidade política. No Sudeste Asiático, outras cidades notáveis são Kuala Lumpur (85º), Bangkok (133), Manila (137º) e Jacarta (142º); e em território chinês: Shangai (103º), Pequim (120º), Guangzhou (122º) e Shenzhen (132º). No que se refere à segurança pessoal, de todas as cidades do Este e Sudeste Asiático, Singapura (30º) registou o melhor ranking e Phnom Penh (199º) o pior. A segurança continua a ser um problema nas cidades centro asiáticas como Almaty (181º), Tachkent (201º), Asgabat (206º), Dushanbe (209º) e Bichkek (211º).

No Sul Asiático, as cidades indianas de Nova Deli (162º), Mumbai (154º) e Bangalore (149º), não registaram qualquer alteração em comparação com o ranking para a qualidade de vida em geral do ano passado, com Colombo (138º) a marcar presença no topo do ranking. Em 105º lugar, Chennai é a cidade da região mais segura, enquanto Karachi (226º) é a menos segura.

Nova Zelândia e Austrália continuam com um ranking de qualidade de vida elevado, com Auckland (3º), Sidney (11º), Wellington (15º) e Melbourne (17º) a permanecerem no top 20. As principais cidades australianas marcam todas presença no top 50 de segurança, com Auckland e Wellington no topo do ranking de segurança na Oceânia, juntas em nono lugar.    


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