O Presidente da república interrompeu o Luto Nacional, na passada sexta-feira (22), para lançar a primeira pedra de um projecto de habitação alegadamente para jovens em Maputo. “Estamos distribuídos a fazer trabalhos na Beira mas mesmo assim temos que continuar com o foco no nosso projecto da Governação”, disse Filipe Nyusi que havia prometido construir 35 mil casas para o povo até 2019.
“Sempre que temos oportunidade de dialogar com os jovens, ao longo de todo o país, um dos pedidos que nos é reiteradamente feito é o de habitação condigna, por isso é com grande satisfação que nos encontramos aqui no bairro de Zintava, no distrito de Marracuene, para lançarmos a primeira pedra do projecto de construção de 1840 casas para habitação”, afirmou o Presidente que reconheceu que a pedra que acabara de colocar na verdade não era a primeira, “Devem ter verificado há uma parte de edifícios que foram erguidos, esses foram iniciados directamento com financiamento do Governo”.
Indiferente ao facto da acção de campanha para a sua reeleição nas Gerais que ainda estão previstas acontecer este ano Nyusi disse que “temos que continuar com o foco no nosso projecto da Governação e durante a semana próxima continuaremos a fazer mais entregas de objectos que prometemos ao povo moçambicano”.
Incapaz de edificar as 35 mil casas que prometeu no seu Plano Quinquenal que este ano termina Filipe Nyusi, que em 2018 construiu zero casas, virou-se para o sector privado, neste caso para o sempre disponível apoio chinês sob condições que não são publicamente conhecidas, por forma a erguer pelo menos uma casa à tempo das eleições.
A parceria público privada foi firmada entre o incompetente Fundo para o Fomento de Habitação (FFH) e a empresa privada Construções Cooperação China Moçambique Limitada (CCM). Tanto o presidente do conselho de administração do FFH assim como o responsável máximo da CCM garantiram ao @Verdade que o Governo não vai investir nenhum centavo e que não há nenhum crédito para endividar ainda mais o Estado moçambicano, os mais de 95,9 milhões de dólares são “investimento da empresa chinesa”.
Para comprarem as casas, numa 1ª fase serão construídos 1000 apartamentos e a partir de 2020 os restantes 840, os “jovens” terão de pagar 40.300 dólares para os T2 ou 63.000 dólares norte-americanos para os T3 que poderão ser amortizados em 25 anos, o que resulta em prestações mensais de 16.941,30 Meticais e 22.097,40 Meticais, respectivamente.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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