Durante três dias, as atividades desenvolvidas no âmbito da Programação Cultural em Rede da Região de Aveiro voltam a contagiar Estarreja. A cultura e a história local e nacional vão tomar conta da cidade.
O primeiro espetáculo a chegar é "Paião" (dia 10) com a Superbanda de Homenagem a Carlos Paião. Às 21h30, no palco do Cine -Teatro de Estarreja vamos (re) lembrar o legado de um dos maiores cantores e compositores português. João Pedro Coimbra (Mesa), Nuno Figueiredo (Virgem Suta, Ultraleve), Jorge Benvinda (Virgem Suta), Marlon (Os Azeitonas) e a cantora Via prometem resgatar as pérolas musicais criadas e eternizadas por Carlos Paião, o "extraterrestre" que marcou a música portuguesa nos anos 80. Quem é que não conhece os temas "Cinderela", "Playback", "Vinho do Porto (Vinho de Portugal)"e "Canção do beijinho"?
No sábado, dia 11, "Esteiros" convida-o a percorrer as ruas da cidade, a explora a memória e a identidade da cidade através de um jogo de espelhos com a arquitetura e a arte inscrita no espaço público. Este percurso sonoro é uma performance que inicia em 1903 e se prolonga até aos dias de hoje, criada exclusivamente para Estarreja, e incita o público a (re) descobrir Estarreja a partir de testemunhos dos trabalhadores da Fábrica do Descasque do Arroz e de vários acontecimentos e figuras da terra - entre eles o Nobel da Medicina Egas Moniz, o BioRia e o Carnaval de Estarreja. Neste itinerário, criado por Ricardo Correia, Rita Grade e Luís Pedro Madeira e produzido por um grupo de agentes locais, os participantes partem num percurso pela cidade movendo-se no seu imaginário e escutando micronarrativas construídas a partir de memórias sobre os espaços reais e reescrevendo novos sentidos para vários lugares de Estarreja. São cinco sessões, às 15h, 16h, 17h, 18h e às 21h30, de aproximadamente 50 minutos cada, e serão acompanhadas por um monitor, equipamento áudio e planta do percurso. A participação é gratuita mediante inscrição obrigatória.
O espetáculo de dança infantil "Voar!" de Leonor Barata (dia 12), que tem como ponto de partida o habitat natural da ria e as suas excelentes condições climatéricas para voos planados e pensamentos esvoaçantes, é a última proposta para este fim de semana que pretende trabalhar a relação entre o nosso território e a memória, de forma a conjugar pessoas, saberes, tradições e unir artistas e personalidades locais com as pessoas e os contextos locais, proporcionando novas formas de experimentação cultural e turística.
São três bons motivos para passar estes dias na nossa companhia e celebrar a cultura.
Daniela Couto
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