Nove formandos que concluíram o curso técnico de low-code developer, realizado no âmbito do Programa ReSkill da OutSystems, estão já a trabalhar com a Babel e a Noesis, parceiros da tecnológica que têm instalações em Proença-a-Nova, e outros oito estão em processo de entrevistas com empresas deste sector. O diretor Ecosystem Talent da OutSystem apresentou o balanço do programa esta quarta-feira, 10 de julho, durante o encerramento oficial da primeira edição que teve como objetivo reconverter licenciados das áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para as tecnologias de informação. Ricardo Araújo recordou o início do processo, há precisamente um ano, e o trabalho conjunto desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCN), o IEFP e a Câmara Municipal de Proença-a-Nova para garantir o financiamento, a logística, o planeamento e, acima de tudo, o envolvimento dos destinatários desta formação. Foi das sessões de apresentação realizadas em Castelo Branco e Covilhã, que envolveram 250 pessoas, que surgiu um primeiro grupo de 50 interessados. “Alguns atiraram-se completamente de cabeça, sem saber ao que vinham ou para onde vinham e acho que esses que se atiraram de cabeça, mas de coração aberto e com vontade de triunfar, foram os que acabaram por fazer o curso e encontrar uma oportunidade de emprego. Os outros acredito que nos próximos dois meses vão conseguir essa oportunidade também”.
Para além da criação direta de emprego, o programa tem disponibilizado talento em áreas que registam uma elevada procura, contribuindo para a fixação de novas empresas em Proença-a-Nova, totalizando já 90 pessoas, número que irá aumentar: para além da Babel e da Noesis, estão a ser ultimadas as negociações com uma terceira empresa parceira. João Lobo, presidente da autarquia, mostrou-se orgulhoso com o projeto OutSystems e com o impacto que tem tido. “Este ecossistema que já temos em Proença-a-Nova é gerador de novas oportunidades para estes territórios, que têm as fragilidades que são conhecidas, mas também a capacidade de oferecer de forma diferenciada qualidade de vida e custos de contexto mais baixos que são, de facto, atrativos. São as pessoas que fazem o dinamismo das instituições, sejam elas públicas ou privadas, e para o sucesso desta primeira edição concorreu a relação próxima e o empenho dos responsáveis de cada uma das entidades envolvidas”.
Leopoldo Rodrigues, diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco, destaca a eficácia deste tipo de formação. “Quando pensamos em colocar desempregados no mercado de trabalho não há nada melhor do que fazer formação que responda concretamente às necessidades da empresa e é isso que estamos disponíveis para fazer”, referiu na sua intervenção. O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, realçou a disponibilidade da instituição de se aproximar das empresas e de outras entidades parceiras para “responder aos desafios que são naturalmente apresentados”. Apesar de não ter sido um processo linear, o IPCB “está em condições para replicar este tipo de programas” no âmbito desta estratégia de abertura à comunidade.
Com formandos de vários pontos do país, o curso técnico de low-code developer, lecionado por docentes do IPCB, foi composto por 305 horas letivas e 210 horas em contexto de trabalho. Em setembro de 2019, a OutSystems completará dez anos em Proença-a-Nova, com o compromisso de continuar a prosperar o ecossistema tecnológico no concelho.
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