A conclusão da instalação do sistema ‘Costa Segura’, com um total de 28 estações, no continente e ilhas, vai contribuir para reforçar a segurança e autoridade no mar, considerou hoje, em Cascais, a secretária de Estado da Defesa Nacional.
“A conclusão da instalação do sistema ‘Costa Segura’ permite-nos uma atenção mais detalhada aos fenómenos em curso na nossa costa e permite-nos um acompanhamento mais eficaz dos diferentes utilizadores deste espaço de soberania nacional, contribuindo para uma utilização segura do mar”, afirmou Ana Santos Pinto.
A governante, que falava na capitania do porto de Cascais, salientou que o sistema é mais um contributo “para o exercício da autoridade do Estado no mar, através da Autoridade Marítima Nacional”, através do reforço das capacidades dos seus órgãos locais.
“Ao capacitar as estruturas locais, estamos a criar respostas mais rápidas e mais eficazes às diferentes solicitações”, frisou Ana Santos Pinto.
No seu entendimento, o sistema Costa Segura “é um bom exemplo da necessária rentabilização de recursos e estruturas existentes”, nomeadamente da Direção de Faróis, das capitanias, da Polícia Marítima e da Marinha.
“É, também, mais um exemplo de cooperação entre a Autoridade Marítima Nacional e outras estruturas locais, no qual este sistema poderá ser muito útil em apoio ao serviço de proteção civil de câmaras municipais ou à administração portuária”, vincou.
O projeto previa inicialmente a criação de 24 estações de vigilância em todo o país, mas acabou por totalizar 28, após o abandono de uma estação na costa norte de Porto Santo (Madeira), estando em avaliação outra na costa do Faial (Açores).
O sistema ‘Costa Segura’, que permite o controlo da navegação junto aos portos, foi desenvolvido na sequência de um acidente que vitimou cinco pescadores na Figueira da Foz, permitindo a vigilância de embarcações de recreio e pesca através de câmaras, radares e de uma carta eletrónica.
Segundo uma nota da Autoridade Marítima, o sistema serve de “apoio na condução de operações de busca e salvamento e ações de combate à poluição, permitindo complementarmente monitorizar a navegação, contribuindo para a deteção de atividades ilícitas no mar”.
“Este sistema é muito flexível, portanto as estações não dependem umas das outras, nem o capitão do porto está preocupado com o que o capitão do porto da área adjacente tem que ver”, explicou o diretor-geral da Autoridade Marítima, vice-almirante Luís Carlos de Sousa Pereira.
O também comandante-geral da Polícia Marítima vincou que o sistema visa dar apoio à decisão do capitão do porto, que complementa os sistemas de outras entidades, designadamente das autarquias, do continente e nas ilhas da Madeira e dos Açores.
O equipamento foi adquirido à medida da disponibilidade financeira e de meios humanos e, embora estando prevista a conclusão do sistema no final de 2018, só ficou concluído em 04 de julho, com a instalação da estação local de Setúbal, apontou o comandante Oliveira Santos, da Direção de Faróis.
Na cerimónia, sem a presença antes prevista do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, foram visualizadas imagens captadas pelas estações de Cascais, do Funchal, das Selvagens, de Ponta Delgada e de Setúbal.
As estações são dotadas de um radar “de banda X”, com um alcance de 24 milhas (44 quilómetros), câmara ótica térmica (visão diurna e noturna), sistema automático de identificação e seguimento de alvos, com alarmes associados, rádio VHF e “software” de gestão de informação com visualização na carta eletrónica.
Quinze estações estão localizadas estações no Continente, sete nos Açores e seis na Madeira.
NDC
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