quinta-feira, 30 de abril de 2020

Bill Gates cita 4 inovações para combate à COVID-19 e reabertura da economia

Por Natalie Rosa | 29 de Abril de 2020 às 14h08
O mundo inteiro está em busca de soluções para o combate ao novo coronavírus, entre medicamentos, tratamentos e vacinas para a prevenção do contágio. Entre as pessoas que estão buscando mudar esse cenário está Bill Gates, fundador da Microsoft.
O bilionário já anunciou o investimento em pesquisas sobre o novo coronavírus, visando buscar novas formas de diagnóstico, prevenção e tratamento, financiando empresas e laboratórios. Agora, em publicação oficial feita em seu site Gates Notes e em artigo enviado ao The Washington Post, Gates citou quais são as inovações que precisarão ser levadas em conta da forma mais rápida possível para reabrir a economia prejudicada pela pandemia.
"Os danos para a saúde, a riqueza e o bem estar já são enormes", diz Gates. É como uma guerra mundial, mas que todos estão do mesmo lado. Todo mundo pode trabalhar junto para aprender mais sobre a doença e desenvolver ferramentas para lutar. Eu vejo inovações globais como a chave para limitar o dano. Isso inclui inovação em testes, tratamentos, vacinas e políticas que limitam a propagação enquanto minimizam os danos para a economia e bem-estar", aponta.
Imagem: Reprodução

Pensamentos de Bill Gates

Antes de começar a citar quais são as inovações necessárias para os próximos meses (ou anos) de pandemia, Gates conta como foi exponencial o crescimento e declínio da situação. "Se o comportamento das pessoas não tivesse mudado, então a maioria da população estaria infectada", pontua o executivo, que também esclarece os fatos para quem acredita que o isolamento social é um exagero.
Gates diz que a resposta é sim, é exagero, mas que essa mudança permitiu que pudéssemos evitar milhões de mortes e a superlotação de hospitais, o que teria aumentado ainda mais os casos fatais da doença. O bilionário aponta ainda que o custo econômico para reduzir a taxa de contaminação não tem precedentes, e que a queda na oferta de emprego é a mais rápida de qualquer crise que já experienciamos.
"Setores inteiros da economia estão fechados. É importante perceber que este não é apenas o resultado de políticas governamentais que restringem essas atividades. Quando as pessoas escutam que uma doença infecciosa está se espalhando de forma abrangente, eles mudam seu comportamento", diz Bill Gates, afirmando que alguns países já estão começando a ver resultados positivos com o isolamento social, e que isso permite que eles possam desenvolver medidas para voltar lentamente às atividades sem colocar as pessoas em risco.
O executivo conta ainda que existem diferenças entre os países, contando que aqueles menos desenvolvidos economicamente apresentam mais dificuldades na mudança de comportamento que reduz os níveis de reprodução do vírus.
O bilionário cita em seu texto que algumas questões precisam ser melhor pesquisadas, como se a COVID-19 é uma doença que depende do clima para sobreviver ou não, quantas pessoas assintomáticas são capazes de infectar as outras, o quanto pessoas curadas ainda podem ter resíduos do vírus em seus organismos e o quão infecciosas elas se tornam, e o motivo de pessoas mais jovens terem menos risco de ficar gravemente doentes após a contaminação, por exemplo.
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Mais testes

A primeira inovação citada por Bill gates é em relação aos testes para detectar a COVID-19. "Nós não podemos combater o inimigo se não sabemos onde ele está", diz. "Para rebrir a economia, precisamos testar uma quantidade suficiente de pessoas para rapidamente detectar pontos emergentes e intervir o quanto antes. Não queremos esperar até que os hospitais comecem a encher e mais pessoas morram", completa.
Gates diz que, atualmente, os testes são feitos com uma técnica chamada zaragatoa nasofaríngea que exige a troca constante de equipamentos de proteção ao início de cada teste realizado. A fundação Bill e Melinda Gates, criada pelo executivo e sua esposa, investiu no desenvolvimento de testes que podem ser feitos de forma rápida e segura pelo próprio paciente dentro de casa, facilitando então o acesso e execução.

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