Embora a petrolífera francesa tenha indicado que ainda durante o mês de Junho pode retomar a implantação do projecto de gás natural na Península de Afungi, na Província de Cabo Delgado o @Verdade apurou que o levantamento do cerco sanitário imposto a 1 de Abril, após o diagnostico do primeiro infectado com o novo coronavírus, ainda não tem data para acontecer.
O director-geral do Instituto Nacional de Saúde anunciou neste domingo (31) que o surto do novo coronavírus no acampamento da Total em Afungi “está controlado (...) agora está-se a trabalhar na desinfecção do acampamento onde ainda existem 9 casos activos, portanto a desinfecção só pode terminar quando esses casos tiverem alta. Instalamos também uma vigilância sentinela permanente para aqueles trabalhadores de maior risco”.
Responsável por 92 dos 254 casos positivos da covid-19 em Moçambique as instalações da petrolífera francesa que lidera o projecto de gás natural Mozambique LNG deixaram de ser o epicentro da pandemia mas tão cedo não regressa à normalidade.
“O normal que este acampamento e outros vão voltar é um normal diferente daqui que era antes. Será um normal em que as regras serão muito rígidas porque o acampamento constitui um ambiente fechado onde há muita possibilidade de transmissão deste tipo de vírus, portanto estes acampamentos terão de encontrar um novo normal para voltar. Nós neste acampamento de Afungi com o qual trabalhamos de forma intensiva nas ultimas semanas cremos que conseguimos delinear as medidas de prevenção e controle de infecção que tem de ser implementados para que possa voltar a este novo normal”, explicou o Dr. Ilesh Jani.
Confrontado pelo @Verdade, tendo em conta o anuncio da Total que em Junho poderia retomar as suas actividades na Península de Afungi, o responsével dos epidemiologistas moçambicanos esclareceu: “Neste momento está em discussão entre a empresa gestora do acampamento, o ministério de tutela da Saúde de quando é que as actividades podem voltar a este novo normal, eu penso que ao longo da próxima semana será tomada uma decisão de como o novo normal será e a partir de quando as actividades não basais, porque o acampamento realiza hoje actividades basais (para manutenção de equipamento)”.
Para o Dr. Jani, “o caso de Afungi ensinou-nos algumas lições sobre como é que os acampamentos devem funcional e podem ser muitos úteis para que outros acampamentos similares de grandes empreendimentos no país possam adoptar de prevenção e controle que vão possibilitar, eventualmente, a retoma da actividade económica nesses acampamentos”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
Nenhum comentário:
Postar um comentário