Depois da marcação da pista, hoje decorreu um teste com um avião “fireboss”. Ação foi realizada pela Câmara Municipal de Águeda, Junta de Freguesia de Fermentelos, Bombeiros de Águeda e Protecção Civil
Hoje, um avião “fireboss” realizou testes de abastecimento de água na Pateira de Fermentelos, depois de ontem ter sido instalada a pista que vai permitir que, pela primeira vez, meios aéreos desta envergadura recorram a este recurso hídrico em caso de incêndio na região.
Ontem, uma equipa de voluntários esteve a colocar as boias sinalizadoras da pista, que ocupa um total de 1,100 metros de comprimento e 120 metros de largura, criando uma zona para abastecimento de aviões de combate a incêndios. Para além dos Bombeiros Voluntários de Águeda, da Junta de Freguesia de Fermentelos e Proteção Civil, a ação foi realizada pela Câmara Municipal de Águeda, que disponibilizou os equipamentos de sinalização e a ceifeira aquática para limpar toda a zona, bem como retirar do espaço da pista algum obstáculo, como estacaria, que pudesse impedir o abastecimento.
Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, declara a importância desta pista. “Trata-se de um corredor de pista que vai permitir uma maior rapidez e capacidade no combate ao incêndios florestais na região”, disse o Edil, frisando que a preocupação principal é “proteger não só esta mancha verde de que tanto nos orgulhamos, mas também as populações que tantas vezes ficam em risco”. Assim, “quanto mais próximo estiverem os pontos de abastecimento, mais eficaz é o combate aos fogos”, refere, com a certeza de que é na prevenção e prepação que reside o sucesso de qualquer intervenção de proteção civil.
António Ribeiro, Comandante operacional distrital do CDOS de Aveiro da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, esteve presente na sessão de testes do avião “fireboss”, hoje à tarde, tendo declarado a importância da disponibilização desta pista no combate aos fogos florestais na região. “A eficácia dos meios aéreos e a proximidade que têm para o ‘scooping’ (momento em que o avião enche o depósito de água no recurso hídrico) rentabiliza toda a operação de combate aos incêndios”, disso o comandante, salientando que a localização da Pateira é estratégica para a região.
Neste momento, em caso de incêndio na região de Águeda e noutros concelhos próximos, o ponto de abastecimento mais próximo ou é o porto de Aveiro, a Barragem de Ribeiradio ou a Barragem da Aguieira. A distância a que ficam estes pontos, associado ao tempo de voo que cada avião tem de autonomia (que pode chegar a 2 ou 3 horas, mas muitos são de 1 hora e meia), faz toda a diferença na eficácia do combate aos fogos. “Quanto mais próximo estiver o ponto de abastecimento, mais descargas se faz na frente de fogo”, frisa António Ribeiro.
O comandante operacional distrital do CDOS de Aveiro salienta ainda que a utilização da Pateira como “ferramenta” no combate aos fogos florestais é uma hipótese que há muito esteve em cima da mesa, mas só agora foi possível concretizar. Agora, “fica mais perto” o abastecimento de água no combate aos fogos em “toda esta mancha a poente da Serra do Caramulo, envolvendo outros concelhos, e até Agadão”.
“A Câmara de Águeda e a Junta de Fermentelos foram peças fundamentais neste processo”, nomeadamente no balizamento da área para definir o corredor de pista para que os aviões possam abastecer, destacou ainda António Ribeiro, realçando o empenho destas duas entidades no apoio necessário para as autoridades de proteção civil e bombeiros.
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