terça-feira, 25 de agosto de 2020

Covilhã | FEIRA DE SÃO TIAGO A UM PASSO DA GRANDE FINAL DA “7 MARAVILHAS”

A Feira de São Tiago está a um passo de chegar à grande Gala Final das “7 Maravilhas da Cultura Popular”! As votações estão já abertas para a Meia-Final, a realizar no dia 30 de agosto, em Torres Novas e com transmissão em direto na RTP1. 

A Câmara Municipal da Covilhã apela a todos os Covilhanenses, aos agentes económicos, aos empresários locais e a todos os amigos da Feira de São Tiago para que, votem através do número 760 207 837, até ao próximo domingo. O custo da chamada é de 0,60 euros + IVA. Votem quantas vezes quiserem ou puderem. A concorrência é forte, nesta saudável competição. Por isso, cada chamada conta. 

Com mais de 600 anos, a Feira de São Tiago é uma das mais antigas da Península Ibérica. A 27 de Maio de 1411, por carta outorgada por D. João I, este concede à Covilhã uma feira franqueada anual, com a duração de vinte dias pelo São Tiago, devendo começar dez dias antes e acabar dez dias depois da festa do santo apóstolo. 

A Feira foi crescendo em importância socioeconómica ao longo dos anos e foi sempre acompanhando a evolução da Covilhã como cidade-serra e cidade-fábrica, com uma indústria de lanifícios cada vez mais importante e pujante. 

Ao longo dos séculos, transacionaram-se no certame os panos de lã meirinha, os fiados de seda, de algodão, de lã, e de linho; os buréis e as mantas; os panos baixos e grossos; os artigos que vinham de outras paragens, como as vergas, os vimes, a olaria ou os tradicionais brinquedos de madeira. Muito transacionados foram sempre também os produtos endógenos como a cherovia, o pêssego, o pastel de molho, a broa de milho, o queijo, e, claro, as afamadas farturas. Os mais antigos recordam com saudade o tanque dos gasolinos, o primeiro carrossel, os primeiros aviões, a primeira pista de carrinhos elétricos e até os primeiros namoros. Os dias da Feira eram o grande acontecimento social dos covilhanenses, para além de atrair visitantes de todo o país. A projeção nacional da Feira de São Tiago está bem patente em cartazes icónicos, como um de 1926 que referia “comboios especiais e a preços reduzidos na linha da Beira Baixa e das estações de Lisboa, Elvas e Marvão”. 

A Feira de São Tiago era e é o grande palco das tradições da cultura popular, onde brilhavam os grupos e associações do concelho da Covilhã, com as suas danças e cantares. Foi também na Feira que os covilhanenses se habituaram a ver atuações das maiores estrelas do fado e da canção nacionais, tendo ficado na memória de todos um célebre concerto de Amália Rodrigues. 

Na multisecular Feira, germinaram tradições, usos e costumes que passaram de geração para geração. Algumas dessas tradições chegaram aos dias de hoje. Outras perderam-se na voragem do tempo. Por isso também, esta candidatura às “7 Maravilhas da Cultura Popular” é tão importante para preservar e dar a conhecer às atuais e vindouras gerações todo o riquíssimo património imaterial que a Feira de São Tiago acumulou ao longo de séculos de história. Foi, é e continuará a ser o grande ponto de encontro de várias gerações de covilhanenses e de todos os que, ano após ano, se deslocam de todo o país para a principal Feira da Beira Interior. 

Todos guardamos boas memórias de grandes momentos de convívio, alegria e diversão na Feira de São Tiago. Agora, chegou a vez de retribuirmos. 

VOTE 760 207 837 
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