A
presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio,
esteve a falar, por videoconferência, com a ministra Marta Temido
sobre a situação dos serviços de saúde no concelho. Na sessão
realizada ontem, 10 de setembro, participaram também o
vice-presidente da
autarquia cantanhedense, Pedro Cardoso, e os vereadores Célia
Simões, Adérito Machado e José Santos, a presidente da
Administração Regional de Saúde, Rosa Reis Marques, o diretor
executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, José
Luís Biscaia Pinto, e a presidente do
conselho diretivo da
Administração Central do Sistema de Saúde, e a presidente do
Conselho Diretivo do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, Diana
Breda.
Numa
das suas intervenções, Helena Teodósio reiterou o pedido de
“intervenção da
tutela para resolver os graves constrangimentos que afetam o setor a
nível concelhio” e
manifestou “a
disponibilidade da autarquia para colaborar na implementação de
soluções que permitam resolver as enormes dificuldades com que os
munícipes de Cantanhede se debatem no acesso aos serviços de
saúde”.
A
autarca lamentou “o
fecho da Consulta Aberta que estava a funcionar das 8h00 às 24h00 no
Hospital de Arcebispo João Crisóstomo, nos termos de um protocolo
celebrado entre a Câmara Municipal e o Ministério da Saúdem, e
defendeu a abertura de uma urgência básica, com horário alargado,
com médicos e enfermeiros em número suficiente para responder
adequadamente à população e com disponibilidade de meios
complementares de diagnóstico”.
Ainda
sobre o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, a líder do executivo
camarário enfatizou “a
necessidade de reforçar o corpo clínico e aumentar a oferta das
consultas de especialidade, tendo chamado a atenção para a situação
financeira da unidade hospitalar”.
Helena
Teodósio abordou ainda a questão da transferência de competências
da Administração Central para as autarquias no campo da saúde,
reivindicando o aumento das verbas inerentes ao processo, solicitou a
criação de mais três Postos de Atendimento de Cuidados de
Enfermagem e interpelou a ministra quanto ao futuro do Centro de
Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais. Com a
pandemia de Covid-19, “estamos
a atravessar uma situação e diferente do habitual, mas temos de
saber o que é que vai acontecer a seguir, a vida tem de continuar e
os serviços de saúde têm de estar preparados para dar resposta às
necessidades” referiu
a autarca.
Por
seu lado, a ministra Marta Temido deu conta da “disponibilidade
do Ministério da Saúde para acolher este tipo de reuniões
destinadas a tratar de questões que têm de ter uma abordagem de
proximidade, porque os presentes conhecem bem a realidade dos
hospitais e dos centros de saúde que estamos a analisar e isso é
importante para decisões que têm de ser pensadas numa lógica de
proximidade”. A nossa aposta foi a nomeação de dois quadros
técnicos, obviamente competentes e motivados, para, em proximidade e
em articulação com a ARS, encontrarem as melhores soluções”.
Sobre
“a melhor fórmula
para servir as necessidades assistenciais da população, há
trabalho para fazer, o trabalho técnico e a disponibilização dos
meios não podem ser descuradas”,
disse Marta Temido, salientando que, “quanto
à rede de serviços de urgência, ela esta definida e não é minha
intenção alterá-la, a não ser que se prove que há vantagens
nisso. Ou seja, não é uma rede fechada, mas têm de se provar as
vantagens”,
sublinhou. A ministra referiu-se ainda à “necessidade
de se estabilizar aquilo que é a atividade do Hospital Arcebispo
João Crisóstomo, pois tem havido uma grande instabilidade
decorrente da dependência elevada da prestação de serviços”.
As
soluções para as questões debatidas na videoconferência vão
agora ser perspetivadas numa reunião entre o executivo camarário e
a direção do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego.
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