O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu levantar em fevereiro as novas restrições contra a pandemia que deverão entrar em vigor na quarta-feira, segundo uma carta enviada aos contestatários e hoje divulgada.
De acordo com a agência EFE, que cita 'media' britânicos, Boris Johnson escreveu aos deputados do seu partido que contestam o novo sistema de restrições para tentar evitar o chumbo da proposta.
Cerca de 80 deputados conservadores rejeitam o polémico plano do Governo para impor medidas restritivas às diferentes áreas do país segundo três níveis de risco (médio, alto e muito alto), tendo como base a incidência da covid-19.
A proposta vai ser discutida e votada no parlamento britânico na terça-feira.
A pandemia de covid-19 provocou já 57.551 mortos no Reino Unido, em mais de 1,6 milhões de casos de infeção com o novo coronavírus detetado há cerca de um ano, na China.
Segundo a carta divulgada, Boris Johnson admite até que estas medidas de combate à pandemia poderão ser suavizadas ainda durante o mês de dezembro, e que em janeiro se votará novamente a esse respeito.
Estas medidas poderão entrar em vigor depois de o Reino Unido ter sido sujeito a um confinamento quase total de quatro semanas.
Nas regiões com um nível máximo, como é o caso da cidade de Manchester, continuarão proibidos os encontros sociais (interiores e exteriores) e permanecerão encerrados todos os bares que não funcionem em regime de 'take-away'.
No nível intermédio, que inclui cidades como Londres e Liverpool, estão proibidos encontros entre pessoas de diferentes agregados familiares, manter-se-á a limitação de seis pessoas para reuniões no exterior e fixa-se o horário de encerramento de bares e restaurantes às 23:00, salvo para 'take-away'.
Por outro lado, será permitido aos estabelecimentos servir bebidas alcoólicas quando venham acompanhadas por uma refeição "substancial" e os espetadores poderão voltar de forma limitada aos recintos desportivos e às salas de espetáculo.
Também serviços não essenciais, como salões de cabeleireiro, poderão reabrir.
Lusa
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