Uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e do Centro para a Inovação em Biotecnologia e Biomedicina (CIBB), liderada por Lino Ferreira, integra um consórcio europeu que pretende desenvolver um novo teste de diagnóstico para identificar pacientes COVID-19 que correm o risco de desenvolver complicações cardiovasculares fatais.
Intitulado “COVIRNA - Um teste de diagnóstico para melhorar a vigilância e o tratamento de pacientes COVID-19”, o projeto é liderado pelo Instituto de Saúde do Luxemburgo (LIH, na sigla inglesa) e junta 15 parceiros das áreas da saúde, academia e indústria de 12 países europeus (Alemanha, Bélgica, Bósnia, Eslovénia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Luxemburgo, Portugal e Reino Unido).
O projeto, que acaba de arrancar, tem a duração de dois anos e conta com um financiamento de 3,9 milhões de euros da União Europeia (UE) no âmbito do plano de ação ERAvsCorona, que promove a cooperação entre instituições de investigação europeias para fortalecer a resposta à pandemia.
O grupo de investigadores da UC participa no projeto em duas fases distintas. Na primeira fase, e em estreita colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), vai recolher «amostras de sangue de pacientes diagnosticados com COVID-19, que depois serão analisadas no sentido de identificar biomarcadores que permitem antecipar o impacto cardíaco da doença de COVID-19», explica Lino Ferreira, adiantando que, num segundo momento, a equipa da UC será responsável por «desenvolver terapias para atenuar o impacto da COVID-19 no coração».
O consórcio espera fornecer «um teste de diagnóstico que estratificará os pacientes COVID-19 de acordo com o seu nível de risco de desenvolver doenças cardíacas, permitindo à equipa médica selecionar a terapêutica mais adequada para tratar os doentes», salienta Lino Ferreira. Além disso, assinala ainda o investigador do CIBB da UC, no âmbito do projeto, «serão também desenvolvidos tratamentos inovadores para atenuar o impacto da COVID-19 no coração».
O projeto tem como objetivo final (ao fim dos dois anos)
colocar no mercado o kit de diagnóstico.
Cristina Pinto
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