No Porto, em Lisboa e em Coimbra triplicaram os dadores inscritos e houve até quem esperasse várias horas para poder doar sangue. Este mesmo cenário foi registado em Penafiel, nos últimos dias, onde se realizaram duas recolhas no espaço de três dias - na sexta-feira no Pavilhão Fernanda Ribeiro, na cidade de Penafiel e este domingo no Pavilhão Desportivo de Galegos.
Também nestas duas recolhas a adesão foi massiva e houve mesmo quem fosse embora sem contribuir, visto o posto de recolha ter atingido a sua capacidade de atendimento, aumentada em 20% depois do apelo.
"Calculamos uma média, em conformidade com as colheitas anteriores e a essa média acrescentamos 20%. O que acresce é com base no apelo feito pelo Instituto", explicou ao JN Domingos Moreira, delegado local e responsável pela organização de colheitas na cidade de Penafiel e nas freguesias de Galegos e Abragão, dando nota de que em Penafiel estavam previstas 216 colheitas e em Galegos 180.
Segundo este responsável, o facto de não se poder atender todas as pessoas que se deslocam aos locais, prende-se com os recursos humanos e materiais disponibilizados para a iniciativa, mas também com as normas a que estão obrigados a cumprir em pandemia, em prol da segurança dos dadores. "Estamos a cumprir regras, respeitando as normas de segurança e com os meios humanos possíveis para esta recolha", declarou, salientando a sua preocupação com as pessoas que na manhã deste domingo se deslocaram a Galegos e não puderam contribuir com a sua dádiva. "Vamos propor que se façam colheitas extra para que os dadores possam ser todos atendidos", garantiu.
Foi a primeira vez que isto aconteceu
Na recolha da manhã deste domingo, em Galegos, foram realizadas 180 colheitas, mas houve quem tivesse ido embora sem cumprir o objetivo para o qual ali se tinha deslocado.
Patrícia Gomes e José Sousa são de Penafiel e regularmente dão sangue. "Foi a primeira vez que isto aconteceu, chegarmos aqui e ter tanta gente que não podermos dar sangue", afirmam, acrescentando que, depois do apelo feito pelo Instituto, "deviam estar preparados". "Pediram e as pessoas aderiram e não estão preparados", lamentou José Sousa.
Também Catarina Marinho é dadora regular. Este domingo veio de Amarante até Penafiel, mas foi embora sem cumprir a sua 11.ª dádiva. "Já me aconteceu ter filas, mas nunca me aconteceu não conseguir", relatou, lamentando que apesar do apelo, "partilhado por imensa gente", as pessoas se confrontarem com falta de vaga.
Márcia Ribeiro, de Penafiel e Lucinda Venâncio, do Marco de Canaveses, vieram pela primeira vez dar sangue e também elas não conseguiram. "Viemos por causa do apelo, como estavam a acabar as reservas, decidimos vir fazê-lo e não o fizemos", relataram.
Fonte:https://www.jn.pt/local/noticias/porto/penafiel/afluencia-supera-capacidade-para-dadivas-de-sangue-em-penafiel-13270445.html
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