A
situação epidemiológica das escolas do concelho de Cantanhede não chega a ser preocupante,
mas, face ao modo como a pandemia de Covid-19 tem vindo a acentuar-se no país, justifica-se
o seu encerramento, consideram os diretores dos agrupamentos escolares do
concelho de Cantanhede. Este era um dos
pontos da agenda da reunião convocada pelo executivo camarário cantanhedense
para avaliar a pertinência de, eventualmente, serem efetuadas diligências junto
do Governo tendo em vista a suspensão da atividade letiva presencial nos
estabelecimentos de ensino do concelho, diligências essas que entretanto deixam
de fazer sentido perante a decisão de hoje do Conselho de Ministros de encerrar
as universidades e as escolas de todos os níveis de ensino.
A
posição dos diretores os agrupamentos de escolas Lima de Faria, Marquês de
Marialva e Gândara Mar, respetivamente José Soares, Fátima Simões e João Gomes,
e do diretores da ETPC - Escola Técnico-Profissional de Cantanhede e da
Academia Pedro Teixeira, Carlos Sousa e António José Negrão, foi corroborada
por todos os restantes participantes na reunião, designadamente a presidente da
Câmara Municipal, Helena Teodósio, o vice presidente da autarquia, Pedro
Cardoso, os vereadores Adérito Machado e Célia Simões, a delegada de Saúde,
Rosa Monteiro, e elementos da Comissão Municipal de Proteção Civil, entre os
quais o comandante operacional, Hugo Oliveira.
Durante
o encontro, os diretores escolares entendem haver desde já condições para o
desenvolvimento do ensino à distância caso tivesse sido essa a opção do
Governo, tendo sido previsto o apoio imediato da Câmara Municipal e das escolas
aos alunos que não dispõem de recursos para aceder às plataformas digitais, o
será efetivado se tal opção vier a ser adotada. Entretanto, a autarquia e os
estabelecimentos de ensino vão assegurar refeições às crianças e jovens de
agregados familiares em situação de carência económica, quer durante o período
de interrupção decretado pelo conselho de ministros, quer durante a atividade
letiva logo que ela seja retomada.
Da reunião saiu reforçada a ideia de
que é fundamental prosseguir com a estratégia delineada conjuntamente por
aquelas entidades e pela delegada de Saúde logo no início do ano letivo, para
se ter um conhecimento tão completo quanto possível da situação epidemiológica
e reforçar a concertação de esforços nas ações em curso ou a desencadear no
âmbito do combate à pandemia. Segundo a opinião unânime dos participantes, os canais
de comunicação diretos e permanentes foram a chave para que nas escolas tivesse
havido uma sinalização precoce e constante que permitiu cortar atempadamente as
cadeias de transmissão, no âmbito da forte mobilização coletiva em torno deste
objetivo comum.
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