Portugal rejeitou a disponibilidade da Galiza para receber doentes com a covid-19, dado que as unidades da região Norte estão a conseguir dar respostas às necessidades, disse hoje à Lusa o Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde agradece a disponibilidade manifestada pelo Conselheiro de Saúde da Galiza no sentido de ajudar Portugal e particularmente a região Norte, mas neste momento as unidades da região estão a conseguir dar resposta às necessidades", justifica o ministério, em resposta enviada à agência Lusa.
Segundo o ministério liderado por Marta Temido, "a situação da região Norte encontra-se estabilizada e com capacidade de resposta previsível para os próximos dias, tanto em doentes de enfermaria como em UCI [Unidade de Cuidados Intensivos]".
"Durante a última semana verificou-se mesmo uma ligeira diminuição de doentes em enfermaria o que possibilitou receber doutras regiões, nomeadamente de LVT [Lisboa e Vale do Tejo], 73 doentes", pode ler-se na resposta.
O Ministério da Saúde assegura que "acompanha em permanência o evoluir da situação epidemiológica e usará, caso se venha a revelar necessário, todos os meios disponíveis para o melhor tratamento de doentes".
Na sexta-feira, o Governo regional da Galiza disse esperar que Portugal respondesse durante este fim de semana sobre a oferta que a região tinha feito para receber doentes com covid-19 nos hospitais desta comunidade autónoma espanhola.
O presidente da Junta (Governo) da Galiza (na fronteira norte com Portugal), Alberto Núnez Feijóo, confirmou nesse dia que já tinha oferecido a Portugal a possibilidade de receber pacientes na rede de hospitais da região, mais precisamente no hospital Álvaro Cunqueiro, de Vigo.
O presidente da região da Galiza revelou também que já havia falado há alguns dias com o embaixador de Portugal em Madrid, João Mira Gomes, e que as autoridades de saúde portuguesas estavam em contacto com as autoridades de saúde desta comunidade autónoma.
Lisboa "sabe perfeitamente bem que a Galiza é um território que tem estado especialmente unido a Portugal desde há séculos", afirmou Feijóo.
Lusa
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