Dr. He Jiankui, condenado a prisão pelas suas experiências genéticas em embriões humanos
- Luis Dufaur
Os serviços de inteligência dos EUA fizeram uma descoberta estarrecedora: “a China conduz testes em militares do Exército Popular de Libertação da China com a esperança de cultivar soldados com habilidades biologicamente aprimoradas”, denunciou o então Diretor de Inteligência Nacional John Ratcliffe, no “Wall Street Journal” no artigo “A China é a Ameaça nº 1 à Segurança Nacional” (3-12-20).
Todo o empenho chinês está posto em atingir a “hegemonia biológica”. “Para Pequim não há nenhum limite ético na busca do poder”, salientou Ratcliffe, citado por Gordon G. Chang, Senior Fellow do Gatestone Institute.
Os horrores dos experimentos do Terceiro Reich para criar uma “raça superior” pareciam relegados a pavorosos documentários no Youtube. Mas sob a bandeira marxista de Xi Jinping são uma realidade que está sendo tentada enquanto o leitor acompanha estas linhas.
O perigoso e sádico trabalho do Dr. He Jenkui em Shenzhen foi pego e provocou um bafafá internacional, sendo multado e condenado a três anos de prisão por “conduzir ilegalmente a edição de genes de embriões humanos”.
Mas isso foi uma cortina de fumaça “para inglês ver”. No país de vigilância total do Partido Comunista, o “Frankenstein” chinês obviamente tinha respaldo estatal para realizar suas inumanas experiências.
A ação judicial de Pequim contra He serviu de panos quentes para evitar que a comunidade científica internacional peça uma investigação sobre a conduta do governo chinês. O pior é que a China aplicou a CRISPR, pesquisa genética e biotecnológica avançadas, graças a seu relacionamento com os EUA e outras nações ocidentais avançadas.
“Laboratórios de pesquisa, investidores em biotecnologia e cientistas americanos se acotovelaram para fazer negócios na arena da biotecnologia chinesa […] porque os padrões éticos para pesquisa […] são extremamente baixos”, explicou Brandon Weichert, autor de The Weichert Report and Winning Space.
Bing Su, geneticista chinês do Instituto de Zoologia Kunming, órgão estatal, recentemente teria inserido em um macaco o gene humano MCPH1, que estimula o desenvolvimento do cérebro. Ele visava tornar o cérebro do macaco “mais humano”.
Seu próximo experimento consistiria em enxertar em símios o gene SRGAP2C, relacionado à inteligência humana, e o gene FOXP2, ligado às habilidades de linguagem.
“O avanço da biotecnologia na China está caminhando em uma direção realmente macabra”, escreve Brandon Weichert em artigo postado no site American Greatness.
Na Assembleia do Povo chinesa-comunista a ambição dos verdadeiros chefes corre solta, e os pesquisadores correm atrás da ciência estapafúrdia se isso marcar pontos junto ao ditador.
O que acontece quando se mistura o DNA do porco com o do macaco? Os cientistas chineses tentaram. Que tal inseminar órgãos parecidos com os humanos em animais? Eles também já fizeram.
Pequim, diz Chang, idealizaria “super-operários” e “super soldados”, como escreveu o então Diretor de Inteligência Nacional John Ratcliffe, acima citado. Não está claro até onde chegaram. Mas é fato que a Comissão Militar Central do Partido Comunista “apoia as pesquisas quanto ao aprimoramento do desempenho humano e a biotecnologia de ‘novo conceito’”.
Sem a menor sombra de dúvida, o Partido Comunista tem em mente muito mais do que soldados. As experiências do citado Dr. He Jiankui, na Southern University of Science and Technology em Shenzhen, evocam o programa de eugenia do Terceiro Reich para criar uma “raça superior”. A China quer criar o “comunista perfeito”, salientou Weichert.
O governo chinês professa o evolucionismo e a perfectibilidade da raça humana, não mais entregue à natureza, mas mutando o genoma humano para cumprir com os rumos prefixados pelo ‘infalível’ plano quinquenal do Partido Comunista e de seu chefe como que divino Xi Jinping.
Cientistas chineses falam de “doping genético” para tornar as futuras gerações mais inteligentes e inovadoras, totalmente afinadas com a filosofia dos mestres Mao e Xi.
“O que se está testemunhando na China”, escreveu Weichert, “é a convergência da tecnologia avançada com a biociência de ponta, capazes de alterar fundamentalmente qualquer forma de vida neste planeta de acordo com os estrambóticos caprichos de um regime oficialmente comunista”.
A revista “Nature” reportou em abril de 2015, que pesquisadores chineses da Universidade Sun Yat-sen em Guangzhou, editaram embriões humanos “não viáveis” num experimento inédito no mundo.
“Uma fonte chinesa familiarizada com esse campo ressaltou que pelo menos quatro grupos estão em busca da edição de genes de embriões humanos na China”, divulgou o site da revista.
Os super soldados resultantes estariam persuadindo outros países a fazerem o mesmo. O governo francês aprovou pesquisas para gerar soldados com capacidade aumentada.
“Temos que ser claros, nem todos têm os mesmos escrúpulos que nós, de modo que temos que nos preparar para tal futuro cenário”, declarou Florence Parly, ministra francesa das forças armadas.
Michael Clarke do Kings College London salientou ao “Sun”, tablóide britânico, que já há uma competição biológica alimentada pela China.
Neste caso, a China não será a única culpada, mas deu uma acelerada à luciferina corrida. “Laboratórios de pesquisa, investidores em biotecnologia e cientistas americanos se acotovelaram para fazer negócios na arena da biotecnologia chinesa, explicitamente porque os padrões éticos para pesquisa nesta área sensitiva são muito baixos.”
“Isso resultará em uma ameaça estratégica de longo prazo para os EUA que poucos em Washington, Wall Street ou no Vale do Silício entendem”, enfatizou Weichert.
Sem nenhuma ética ou decência, sem lei e sem senso de moderação, o materialismo marxista chinês expande. E coleta no Ocidente a tecnologia para dar a luz uma espécie nova de humanos geneticamente planificados, para marcharem com passos de ganso.
Produzirão super-humanos, ou como aconteceu ao Frankenstein da ficção, criarão monstros, degradados em sua sensibilidade humana mas com dotes assustadoras que se diriam satânicas?
ABIM
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