Evento decorreu de 5 a 22 de maio e culminou com uma sessão solene que assinalou o Dia Mundial da Diversidade Cultural e do Diálogo para o Desenvolvimento.
A Câmara de Águeda promoveu, de 5 a 22 de maio, o IV Encontro da Diversidade Cultural e do Diálogo para o Desenvolvimento, que incluiu uma série de atividades de celebração do diálogo intercultural, entre eventos nas redes sociais, conversas e oficinas para a comunidade, dinamizados pelo Serviço Educativo da Biblioteca Municipal Manuel Alegre (BMMA), pelo Centro de Juventude de Águeda (CJA) e pelo Águeda Living LAB (ALL).
Estas atividades tinham como objetivo promover a interculturalidade e a solidariedade, através da valorização e reconhecimento da multiplicidade cultural existente em Águeda e da promoção de material informativo para integração de novos habitantes no concelho, bem como promover a inclusão social através do combate à xenofobia com ações comunitárias e ainda estimular a criação de redes e equipas das várias valências municipais com vista a incentivar a ligação entre cidadãos.
O encontro culminou com uma sessão solene, na BMMA, que assinalou ainda o Dia Mundial da Diversidade Cultural e do Diálogo para o Desenvolvimento. A cerimónia iniciou com a leitura da Carta dos Direitos da Diversidade Cultural, da UNESCO, por voluntários de várias nacionalidades do Corpo Europeu de Solidariedade que estão no CJA.
Este evento, que começou há quatro anos, no seguimento de um piquenique na Rua Luís de Camões e que juntou jovens de várias nacionalidades (alguns que estavam a fazer voluntariado no CJA), “é um excelente exemplo de resiliência”, disse Elsa Corga, Vereadora da Juventude da Câmara de Águeda.
Isto porque, apesar de ser a segunda vez que é realizado em contexto pandémico, “com alguma criatividade e graças a uma equipa fantástica, conseguimos que se mantivesse”. E este ano, não obstante as contingências impostas, este foi um encontro cheio de iniciativas, numa “verdadeira diversidade de culturas”.
Para Elsa Corga, este é um projeto que tem tudo para ser continuado, já que Águeda é “um Município que tem cidadãos oriundos de várias nacionalidades e culturas, que gosta de bem receber”, pelo que “faz todo sentido conhecermos a origem e cultura de quem vive na nossa cidade e concelho”, disse.
Este tipo de encontros, com várias atividades, como oficinas, tertúlias, contos, concertos ou outros apontamentos culturais demonstram “também a importância da multiculturalidade e a riqueza que nos pode dar”, concluiu Elsa Corga.
Respeitar a diferença é um dos valores que estão simultaneamente na base da organização deste evento e nos objetivos a alcançar com as iniciativas programadas. “É a isto que nos propomos, trazer diversidade, para que ela comece a ser cada vez mais natural”, disse Ana Moutas, coordenadora do CJA, defendendo que “só evoluímos enquanto pessoas e comunidade se lidarmos com diferentes culturas” e se “aprender a respeitar essa diferença for uma coisa comum do dia-a-dia”.
Um respeito pela diversidade que tem sido evidente no trabalho desenvolvido pelas valências municipais envolvidas na organização deste encontro, nomeadamente com os voluntários europeus que vêm regularmente a Águeda.
“Águeda é um exemplo no que diz respeito às políticas públicas de juventude”, promovendo a “cooperação das organizações da sociedade civil com os vários atores que influem” nessas políticas, disse Luís Alves, diretor da Agência Nacional Erasmus+Juventude em Ação, presente neste evento final do IV Encontro da Diversidade Cultural e do Diálogo para o Desenvolvimento.
O responsável salientou que este encontro não acontece por acaso, antes é fruto “de uma ação consistente, persistente e continuada” e resultado de “uma forma de trabalhar séria estes assuntos e temas”. No que respeita aos jovens voluntários europeus, declarou que, com estas ações, eles contribuem “positivamente para a comunidade”, para além de “reforçar a capacidade de intervenção numa organização” e de “valorizar os princípios e valores que são fundadores da União Europeia e do projeto europeu”. Ao mesmo tempo, os jovens têm, assim, “um conjunto de experiências que os valorizam, enriquecem e os tornam mais capazes de serem melhores cidadãos”.
“As nossas comunidades são mais ricas se forem capazes de, simultaneamente, serem mais diversas e plurais, mas ao mesmo tempo capazes de garantir a correção social, sentido de justiça e assentem em valores que nos possam unir enquanto comunidade”, finalizou Luís Alves, reiterando o compromisso sério que Águeda tem com estes valores.
Refira-se que, nesta sessão solene, houve um momento de leitura pelo Serviço Educativo da BMMA e uma performance artística de Kenedy Pires.
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