O Governo brasileiro lançou ontem um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco estados, o primeiro alerta do género em 111 anos.
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná foram os estados visados pelo alerta lançado pelo Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) e integram a bacia do Rio Paraná, polo de produção agropecuária e de grandes hidroelétricas.
De acordo com o jornal Estadão, este é o primeiro alerta desta natureza em 111 anos de serviços meteorológicos do país sul-americano.
O alerta deve-se ao baixo volume de chuvas dos últimos meses na região.
"Estudos realizados pelo SNM, de acompanhamento Meteorológico para o Setor Elétrico Brasileiro, alertam que as perspetivas climáticas para 2021/2022 indicam que a maior parte da região central do país, a partir de maio até final de setembro, entra no seu período com menor volume de chuvas (estação seca). (...) Essa previsão é consistente com a de outros centros internacionais de previsão climática", indicou o SNM.
Face à situação de emergência, o Governo, presidido por Jair Bolsonaro, decidiu criar uma "sala de situação" para acompanhar o suprimento de energia elétrica e tomar medidas para garantir que não faltará eletricidade no país.
O grupo, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, é composto pelos Ministérios de Minas e Energia, Agricultura, Infraestruturas, Economia, e pelas agências de energia (Aneel) e de águas (ANA).
Um dos objetivos da "sala de situação" é tomar medidas conjuntas para garantir que a água chega às centrais hidroelétricas, para que seja gerada energia, de acordo com a imprensa local.
Segundo especialistas do setor, há riscos de cortes no fornecimento de energia entre setembro e outubro, já que as chuvas só devem normalizar a partir de novembro.
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