De acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, os casos estão a aumentar 5 a 6% ao ano. São 12 mil novos diagnósticos a cada ano.
Os cancros de pele estão a aumentar e por causa da pandemia os doentes chegam aos hospitais numa fase mais avançada da doença, o que tem reflexos no prognóstico.
O alerta é deixado pelo presidente da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo a propósito do Dia do Euromelanoma que se assinala esta quarta-feira.
“Apercebemo-nos nas consultas que as pessoas chegam em estádios mais avançados da doença. Atrasaram ou protelaram a ida ao médico por dificuldades de acessibilidade ou simplesmente por receio de virem a uma unidade de saúde, o que obviamente tem implicações em termos de prognóstico.”
No conjunto, os vários tipos de cancro de pele são responsáveis por 400 mortes por ano o que dá mais de uma morte por dia.
Segundo João Maia Silva, “os últimos estudos mostram que há um aumento de cerca de 5 a 6% de incidência de cancros de pele anual, o que em números significa 12 mil diagnósticos/ano e em que cerca de mil desses casos são de melanoma maligno - obviamente há vítimas mortais”.
O médico avisa que o confinamento pode ter efeitos negativos também na pele. Estamos menos preparados para a exposição ao sol, havendo receio de que este tipo de cancro de aumente este verão.
“Nós chamamos-lhe o foto endurecimento, ou seja, se nos formos expondo ao sol - de uma forma gradual e saudável - a pele fica mais resistente à radiação ultravioleta”, explica o médico, lembrando que pelo facto de estarmos mais tempo em casa e mais protegidos também está menos preparada para a exposição solar. “Com chegada do sol receamos que possa haver um aumento das queimaduras solares e de comportamentos de risco”, remata.
Na maior parte dos casos, os especialistas estimam que em 90% dos casos estas mortes seriam potencialmente evitáveis, tal como os custos em tratamentos para os serviços de saúde, que rondam os 20 milhões de euros por ano.
Anabela Góis / RR e Imagem
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