O Município de Cantanhede já tem no terreno uma equipa de estudos geológicos para elaboração de um novo projeto para o troço de estrada entre a rotunda da EN 109, a norte da Tocha, e as Berlengas, na zona de acesso à Zona Industrial da Tocha. A obra corresponde à terceira fase da Via Regional Cantanhede/Tocha, e vai assegurar a rápida ligação viária àquele núcleo empresarial que se encontra em franco crescimento, nas imediações do qual será construída uma rotunda no entroncamento com a ex-EN 335-1, em direção à Praia da Tocha.
“Este é um projeto absolutamente estruturante para toda a zona poente do território do concelho, e muito particularmente para a freguesia da Tocha, potenciando ainda mais o crescimento da zona industrial, que na prática vai ficar com um acesso imediato à A17 e à EN 109”, refere a presidente da Câmara de Cantanhede, Helena Teodósio. “Por outro lado, descongestionará a circulação viária no centro da Vila da Tocha e facilitará consideravelmente o acesso às zonas balneares da orla costeira do nosso território, o que, do ponto de vista da atratividade turística, representa uma importante mais valia”, adianta a autarca.
“Trata-se um investimento muito significativo, superior a 2,5 milhões de euros, e já estamos a tratar do processo para o candidatarmos a um dos programas de financiamento que vão abrir no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal”, afirma Helena Teodósio, sublinhando que “esta é uma oportunidade que seguramente vamos agarrar com firmeza, uma vez que se trata de uma infraestrutura que está há demasiado tempo no papel”.
Em todo o caso, estão a ser realizados novos estudos geológicos porque “o primeiro projeto tem mais de 20 anos e previa o entroncamento com a ex-EN 335-1 numa zona próxima do antigo campo de futebol das Berlengas, no limite desta localidade. A líder do executivo camarário cantanhedense explica que “houve necessidade de o deslocar para as imediações da zona industrial, que na realidade ainda não existia quando o traçado inicial foi definido, em 1997. É isso que faz sentido, sob todos os pontos de vista, sobretudo porque é uma via que está a ser dimensionada para alavancar um novo ciclo de desenvolvimento nesta zona do concelho”, acrescenta.
O perfil do novo troço da Via Regional Cantanhede/Tocha será um pouco diferente dos das fases anteriores, não só em termos de largura, pois será mais ampla, mas também porque contempla agora faixas laterais projetadas para funcionarem como ciclovia.
Este é um aspeto a que Helena Teodósio atribui especial relevo, tanto mais que, “no âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia da Tocha, está já a avançar com a construção de uma rede ciclável nesta zona, processo que de resto já foi iniciado com a execução da primeira fase do troço entre o centro da Tocha e a localidade de Fonte de Martel, e que há de estender-se ao parque de merendas das Berlengas, onde começa o troço já existente até à Praia da Tocha”.
A edil cantanhedense enfatiza os investimentos que a autarquia está a realizar neste domínio, com o” objetivo de criar uma extensa rede ciclável no concelho, sobretudo nas zonas onde a utilização da bicicleta mais se justifica, como é o caso da pista entre a Tocha e a Praia da Tocha, até porque, dentro de pouco tempo, ela será intercetada pela Eurovelo 1, rota da rede europeia de ciclovias que se estende ao longo do litoral português”.
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