A explosão ocorre três dias depois de um ataque no aeroporto da capital afegã.
Pelo menos cinco pessoas, três delas crianças, morreram este domingo após uma explosão numa casa perto do aeroporto de Cabul, onde vários países estão a concluir as suas operações de retirada do Afeganistão, segundo fontes oficiais.
A explosão foi causada por 'rocket' que atingiu uma casa no 15º distrito da capital", disse Qari Rashed, um agente da polícia da capital afegã citado pela agência Efe.
Até agora, "cinco civis, incluindo três crianças, morreram no incidente", disse também à agência de notícias espanhola um médico do hospital Khairkhana em Cabul, para onde as vítimas foram transferidas, e que pediu anonimato.
De acordo com o canal de notícias afegão Tolo, a explosão ocorreu aproximadamente às 17h30 (11h00 em Lisboa) em Khajeh Baghra, uma área residencial na periferia do aeroporto internacional de Cabul.
O ataque, cuja responsabilidade é desconhecida, ocorreu 24 horas após o alerta emitido este sábado pelo Pentágono sobre "ameaças credíveis" contra a sua missão no Afeganistão, que se concentra no aeroporto de Cabul.
O atentado no aeroporto de Cabul, um dos piores massacres na capital afegã, foi cometido por pelo menos um homem-bomba que detonou uma carga explosiva na multidão que aguardava para embarcar num dos voos de evacuação para fugir do Afeganistão.
Este, que também é o primeiro ataque desde que os talibãs assumiram o poder no país, causou pelo menos 170 mortes, além de dezenas de feridos.
As forças norte-americanas ainda se encontram na área militar do aeroporto de Cabul, estando a realizar a retirada dos cidadão norte-americanos e que são pelo menos 300, segundo adiantou hoje o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken.
O prazo exigido pelos talibãs para que os Estados e seus aliados deixem completamente o país extingue-se no dia 31 de agosto.
Cerca de 114.400 pessoas, incluindo quase 5.500 cidadãos americanos, foram retirados do Afeganistão numa ponte aérea desde 14 de agosto, data da véspera da captura de Cabul pelos talibãs.
Lusa
Imagem: © EPA
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