A linha defensiva das Talhadas – Moradal, que inclui vários fortes e baterias no concelho, constitui um dos principais pontos de interesse de turismo militar em Proença-a-Nova e um dos motivos porque o Município decidiu aderir ao Roteiro do Turismo Militar, uma iniciativa da Associação de Turismo Militar Português que congrega rotas associadas a acontecimentos e períodos da história nacional “que visam promover e divulgar recursos, equipamentos e serviços turísticos e culturais nacionais, passíveis de integrar, de forma direta ou complementar, esta oferta”.
Construído em 1762, o Forte das Batarias, em Catraia Cimeira, é um dos locais onde se pode observar mais de perto a importância desta linha na defesa do reino durante as Guerras Peninsulares contra Espanha e França, em dois diferentes momentos que foram revelados nas escavações arqueológicas que têm sido feitas ao longo dos anos e que culminaram na musealização deste espaço. “Há cerca de década e meia que o Município tem feito a aposta na descoberta destas estruturas, daquilo que nos diversos tempos este território tem passado e como é que foi a evolução do ponto de vista das intervenções militares”, refere João Lobo, presidente da Câmara Municipal, que destaca a parceria com a Associação de Estudos do Alto Tejo. “O conhecimento que hoje temos do território é um importante fator de atratividade que se congrega a uma rede mais ampla onde contamos com a arte, os passeios pedestres ou as praias fluviais”.
No caso dos fortes e baterias, está disponível o PR4 – Pela Linha da Defesa que, ao longo de 14,5 Km entre Sobreira Formosa (Edifício dos Fortes e Baterias) e a Ponte do Alvito, convida à descoberta da organização defensiva em torno da Serra das Talhadas num percurso que, alguns anos mais tarde, seria utilizado pelas tropas francesas na primeira invasão a Portugal.
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