segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Na reunião plenária de 17 de dezembro: Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou orçamento orientado para o reforço do investimento

 

A Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou, com 23 votos a favor e sete abstenções, o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2022. Com um valor global de 41.406.407 euros, a proposta orçamental do executivo de Helena Teodósio havia sido aprovado na reunião camarária de 3 de dezembro e com a votação maioritária do plenário dirigido por João Moura ficaram assim cumpridos os requisitos legais para entrar em vigor no próximo dia 1 de janeiro.

A sessão decorreu por vídeo conferência em 16 de dezembro, apenas com a presença de dois deputados do PSD e PS e o do Chega, além dos membros da mesa, e o ponto alto da ordem de trabalhos foi a apresentação que a presidente da Câmara Municipal fez do orçamento, dando conta das suas principais linhas de força e dos objetivos que se pretendem alcançar. "Este início de mandato é uma fase decisiva para o futuro dos municípios, pois têm de estar preparados para concorrer às verbas que vão estar disponíveis no âmbito do Portugal 20/30 e do Plano de Recuperação e Resiliência”, afirmou Helena Teodósio, sublinhando que “são muitos milhões de euros que vêm para Portugal e que têm de ser bem aplicados e rentabilizados numa perspetiva de sustentabilidade, em benefício das comunidades".

A líder do executivo camarário cantanhedense considera que o orçamento para 2022 “é uma proposta de quem sabe o que quer para o futuro do concelho, uma proposta que reflete o esforço já realizado pelas equipas dos diferentes setores da autarquia na elaboração de projetos, para que, quando abrirem as candidaturas do próximo quadro de apoio da União Europeia, os submetermos aos respetivos programas de financiamento. Entretanto, como há ‘overbooking’ no encerramento dos programas comunitários do Portugal 2020, nós estamos a tratar de aproveitar essa última oportunidade de obtenção de verbas desse programa comunitário, nomeadamente para financiamento de mais algumas obras previstas na versão inicial do PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Cantanhede”, adiantou a autarca.

Segundo Helena Teodósio, “o que se perspetiva ao nível das verbas que a União Europeia vai disponibilizar ao país justifica a forte aposta do Município de Cantanhede no investimento, uma aposta traduzida no aumento de mais de 50% das despesas de capital face às de 2021, sendo que estas são superiores em mais de quatro milhões de euros relativamente ao valor proposto para despesas correntes, o que na prática consubstancia uma poupança bastante apreciável destinada à execução de obras”.

Sobre a aplicação dos mais de 20 milhões de euros destinados a despesas de capital, a presidente da Câmara Municipal apresentou vários quadros sobre os principais eixos dos investimentos a realizar, os quais incidem sobretudo na construção e reabilitação de equipamentos coletivos nos domínios da educação, cultura e desporto, na requalificação da rede viária, na proteção ambiental e na regeneração urbana, neste caso contemplando projetos a executar em parceria com as juntas de freguesia.

Quanto ao aumento 23,16% previsto para as despesas correntes, em relação a 2021, a autarca considera-a uma inevitabilidade face à subida dos encargos decorrentes das novas competências que a autarquia vai ter de assumir por transferência da Administração Central, sobretudo pelo inevitável crescimento da verba destinada ao pagamento de salários dos funcionários que transitam para a esfera da autarquia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário