segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Crónica Postal: OS DOZE EUROS DO MEU VOTO


Cerca de doze euros. Este é o valor que cada eleitor ‘dá’ ao partido no qual vote.

Portanto, a ‘caça ao voto’ é também uma ‘caça ao tesouro’! Por isso, também os partidos mais votados serão aqueles que mais capacidade financeira terão para se imporem na vida política. Os ‘grandes’ têm, assim, possibilidade de continuarem ‘grandes’. Partindo do princípio lógico, que o orçamento de um partido influência a sua capacidade para estar na política e cativar mais atenção.

Dois milhões e meio de euros, aproximadamente, é o orçamento da campanha do PS para estas eleições legislativas de 30 de janeiro. Cerca de dois milhões de euros prevê gastar o PSD.

Vamos analisar o orçamento dos partidos ‘menos representativos’. A CDU (PCP+PEV) orçamenta 700 mil euros. O BLOCO (BE) 600 mil euros. O CHEGA vem em quinta posição: prevê gastar meio milhão de euros. Mas, a Iniciativa Liberal (IL) também se coloca nesta ‘segunda divisão’, com 400 mil euros. E a seguir, em sétima posição, vem o CDS/PP com um orçamento de 350 mil euros. O PAN fica-se pelos 230 mil euros.

A seguir vêm os restantes partidos,l concorrentes, numa espécie de ‘terceira divisão’. O LIVRE fica-se pelos 48 mil euros e o partido do “Tino de Rans” (RIR) orçamenta o modesto número de 34 mil euros.

Portanto, o orçamento dos dois maiores partidos, somado, é superior ao conjunto de todos os outros. Os ‘grandes’ tem sempre mais condições para continuarem ‘grandes’. É a ‘lei da vida’…


O presidente da Direção da ANIR

Eduardo Costa, Correio de Azeméis

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