O Palácio de Buckingham informou na tarde desta quinta-feira que o príncipe André perdeu os seus títulos militares e reais. Em causa está uma acusação por agressão sexual.
O príncipe, de 61 anos, tem estado sob escrutínio nos últimos anos devido aos seus laços com Jeffrey Epstein, que morreu na prisão em 2019, e a antiga companheira deste, Ghislaine Maxwell.
Esta tarde, a família real informou no Twitter que André perde os seus títulos militares e reais. Assim, o príncipe vai deixar de ser tratado por "Sua Alteza Real".
"Com a aprovação e o acordo da rainha, as afiliações militares e patrocínios reais do duque de York foram devolvidos à rainha. O duque de York vai continuar a não cumprir funções públicas e está a defender-se enquanto cidadão particular", pode ler-se no comunicado divulgado pelo palácio de Buckingham.
O anúncio surge um dia depois de um juiz de Nova Iorque, Estados Unidos, ter informado que manteve a queixa judicial de uma norte-americana contra o Duque de York por agressão sexual quando a queixosa era menor, recusando uma moção de rejeição.
Na decisão, o juiz Lewis Kaplan decidiu que a moção de rejeição da ação civil apresentada no verão de 2021 por Virginia Giuffre, uma das vítimas dos crimes sexuais do empresário multimilionário norte-americano Jeffrey Epstein, deve ser “negada em todos os aspetos”.
Segundo a queixa, as alegadas agressões sexuais pelo do segundo filho da Rainha de Inglaterra aconteceram em 2001, quando Giuffre tinha 17 anos.
A defesa defendeu a rejeição desta queixa com base no facto de Virginia Giuffre ter assinado um acordo em 2009 com Epstein para não o processar a ele ou a “outros potenciais arguidos”, argumento que foi rejeitado pelo juiz na decisão de terça-feira, tornada pública no dia de ontem.
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