Nordahl Lelandais foi considerado culpado pela justiça francesa de todos os crimes de que era acusado neste caso.
O homicida de menina luso-francesa Maëlys de Araújo foi esta sexta-feira condenado a prisão a perpétua e terá de cumprir pelo menos 22 anos de cadeia, avança a estação de televisão BFMTV.
Nordahl Lelandais foi considerado culpado pela justiça francesa de todos os crimes de que era acusado neste processo.
Maëlys de Araujo, menina lusodescendente de oito anos, foi raptada e assassinado por Nordahl Lelandais, em agosto de 2017.
Peço-vos que declarem Nordahl Lelandais como um grande criminoso, um grande predador, culpado dos factos que aqui relatámos e de o condenarem a prisão perpétua, garantindo uma pena de prisão efetiva de, pelo menos, 22 anos", pediu o Ministério Público francês nas alegações finais, que decorreram na quinta-feira.
O advogado que representa o Ministério Público no caso da morte de Maëlys de Araujo também pediu a pena máxima de prisão no Tribunal de Grenoble, no sul de França.
A justiça francesa descreveu o homem de 38 anos como "um criminoso perigoso", "um predador sexual", "um medíocre" e "um pedófilo" que não sabe distinguir uma criança de um adulto a nível sexual. O julgamento, que começou no dia 31 de janeiro, terá, segundo a justiça francesa, mostrado todas essas características.
Durante o julgamento, Lelandais reconheceu ter matado a criança de forma "voluntária", tendo desferido vários golpes com a intenção de matar a menina de origem portuguesa.
A morte de Maëlys de Araujo chocou a França em agosto de 2017, já que a menina desapareceu de uma festa de casamento familiar, na cidade de Pont-de-Beauvoisin, onde estariam cerca de 200 convidados. Passados alguns dias, Nordahl Lelandais foi acusado de sequestro.
Só em 2018 é que o arguido confessou o crime, conduzindo as autoridades ao local onde tinha abandonado o corpo da menina. O acusado diz ter esbofeteado Maëlys de Araujo causando, sem querer, a sua morte. No entanto, a autópsia revelou vários golpes fatais na cabeça da criança.
Durante as investigações do sequestro e morte da menina lusodescendente, Lelandais começou a ser investigado por outros homicídios e desaparecimentos à sua volta, assim como acusações de pornografia infantil e abuso sexual de menores.
Em maio de 2021, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do jovem de 23 anos Arthur Noye, que aconteceu em abril de 2017. Este homicida continua a ser investigado pelas autoridades francesas sobre diferentes homicídios e sequestros nas regiões onde viveu ou onde se deslocou nos últimos anos.
Ricardo Vieira / rr
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