O Município de Ansião, através da Equipa para a Igualdade na Vida Local – EIVL, e do Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta em Ansião – CLA, comemorou o Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de março, com uma palestra que teve lugar na Biblioteca Municipal.
Na presença do Presidente da Câmara Municipal, António José Domingues, e da Vereadora da Igualdade e Cidadania, Cristina Bernardino, o momento contou com a participação de Paulo Jorge Pereira, jornalista e autor do livro Um Murro no Estômago, e de Cristina Pereira Vieira, professora e investigadora na Universidade Aberta, tendo a moderação estado a cargo de Susana Feio, jornalista do jornal “Serras de Ansião”.
Com esta iniciativa pretendia-se sensibilizar a comunidade para o facto de, além de um dia de celebração, o Dia Internacional da Mulher dever ser de reflexão relativamente a desigualdades, discriminações e violências a que as mulheres estão sujeitas pelo simples facto de terem nascido do sexo feminino.
A violência doméstica esteve no centro da discussão, pois, sendo um assunto pesado, segundo as palavras da Vereadora Cristina Bernardino, em relação a ele não podemos ficar indiferentes, mas, antes, falarmos, estarmos atentos e assumirmos um papel ativo nesta realidade que, afetando maioritariamente as mulheres, deixa marcas em toda a sociedade.
Cristina Vieira referiu-se a um crime público e à necessidade urgente de mudança de paradigma em relação às mulheres, não apenas a nível de violência doméstica, mas também no que concerne à lei da paridade e à igualdade de género, campos em que já se têm feito alguns avanços, mas ainda um longo caminho há para percorrer, para que se promova o empoderamento das mulheres.
Um Murro no Estômago é um testemunho na primeira pessoa de mulheres vítimas de violência doméstica, que Paulo Pereira recolheu e quis trazer a público para dar maior visibilidade e alertar para a urgência de se acabar com este flagelo social a que muitas mulheres estão sujeitas.
Ficou deste encontro o apelo para que todos nós, enquanto pessoas, sejamos agentes da mudança desejada, assim como a educação e a comunicação social, que têm um papel preponderante na eliminação de estereótipos e preconceitos enraizados e na construção de uma sociedade mais justa, mais inclusiva e mais afetiva.
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