Está patente ao público até ao próximo dia 31 de março, na Biblioteca Municipal de Cantanhede, a exposição “Aqui não há santos” de Cató Ilude.
Apresentando-se como uma forma inédita de arte contemporânea, a mostra é constituída por 24 ilustrações e esboços de desenhos de Cató, onde se exibem temas gráficos vibrantes que afloram questões sociais e políticas incómodas. Os temas abordados nos trabalhos expostos centram-se na fragilidade do ser humano e espelham algumas realidades que caracterizam a sociedade contemporânea atual: a situação da Mulher, a anorexia, a “gordofobia”, o Homem “sem sentimentos”, o trabalho em época de quarentena, a transsexualidade, a depressão, entre outros.
As várias ilustrações e esboços exibidos pelo artista em “Aqui não há santos” apresenta em Cantanhede a sua primeira paragem, numa exposição que se encontra em crescimento, aproveitando para misturar no seu trabalho Art Noveau, designadamente em composição e tipografia com cartoon em Arte Digital, demonstrando que a maioria dos temas é intemporal e que pode sobreviver ou ser aplicado a eras diferentes, sem perder a essência sua mensagem.
O autor refere sobre o que motivou à criação deste trabalho salientando que “apesar de pessoas diferentes, continuamos a ser um grupo. Somos, acima de tudo, um grupo de pessoas. Aqui não há santos! Aqui não há estranhos! Apenas pessoas com gostos e fés diferentes, com crenças diferentes. Acredita! Eu Acredito!”, concluiu.
Sobre Cató Ilude
Cató ou Carlos António Duarte Simões, nasceu em Cantanhede, em 1994.
Licenciado em Design Gráfico e Multimédia pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, possui um Mestre em Ilustração e Animação, pelo Instituto Politécnico do Cávado e Ave, de Barcelos.
Com um extenso e variado currículo artístico, o percurso de Cató Ilude está marcado por inúmeras participações em exposições de Arte, coletivas e individuais, em mostras nacionais e internacionais de Ilustração, Animação e Fotografia.
Entre as várias distinções recebidas pelo artista consta o 1º prémio no Programa de Apoio às Artes Visuais 2017 (Individual), da Fundação Calouste Gulbenkian, e, em 2014 ver o seu trabalho “Acessos” (Fanzines) adquirido pelo MoMA - Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e pelas Fundações Calouste Gulbenkian, em Lisboa e pela Serralves, no Porto.
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