Em 2021, o Aeródromo Municipal de Proença-a-Nova recebeu 1154 movimentos aéreos relacionados com a atividade do combate a incêndios, de saltos de paraquedismo e de privados que utilizaram este equipamento. Na eventualidade de ocorrer um incidente com qualquer uma destas aeronaves ou até numa aterragem de emergência, o Aeródromo dispõe de um Plano de Emergência onde estão contempladas as ações a serem desenvolvidas para fazer face a diversas situações tipificadas de emergência, onde os procedimentos de coordenação e comunicação estão evidenciados e as responsabilidades e obrigações de cada entidade envolvida estão devidamente identificadas de forma a assegurar uma resposta rápida e coordenada de todos os intervenientes internos e externos.
No âmbito do processo de renovação do Manual e do Plano de Emergência do Aeródromo, dando cumprimento aos requisitos da Organização da Aviação Civil Internacional e ao artigo 88.º do regulamento 410/2017 de 28 de julho, é necessário realizar bienalmente um exercício à escala total para avaliar a capacidade de reação a um eventual acidente que ocorra nas suas infraestruturas. No dia 8 de março, pelas 10h30, o alarme soou quando um Fire Boss, que esteve envolvido no combate a um incêndio, reporta problemas no flutuador direito que afetaram o trem de aterragem do mesmo lado. Como resultado, no decorrer da aterragem o piloto perde o controlo da aeronave que fica imobilizada ao lado da pista. Com ferimentos ligeiros, consegue sair pelos próprios pés e deslocar-se para a ambulância dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova que, entretanto, chegam à pista. No despacho de meios é ainda chamada a GNR, o Serviço Municipal de Proteção Civil, a direção do Aeródromo e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) de Castelo Branco que articulará a coordenação de todos os agentes de proteção civil em campo.
No final do simulacro, Francisco Peraboa, Comandante Operacional Distrital da ANEPC, reforçou a importância de realizar exercícios desta natureza “para que todos os procedimentos estejam bem articulados e bem pensados”, até porque “hoje em dia já não há proteção e socorro apenas com um agente de proteção civil”. A ligação entre todas as entidades é fundamental na eventualidade de ocorrer um acidente: “é importante para podermos salvar vidas”. Para além dos Bombeiros de Proença-a-Nova, ANEPC, Proteção Civil Municipal e GNR, participou ainda a empresa Agro-Montiar com a cedência da aeronave para a realização do exercício.
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