Valeu a pena esperar 13 anos para voltar a ouvir o jazz de New Orleans nas ruas de Cantanhede. O Festival Internacional de Dixieland terminou este domingo, 12 de junho, em ambiente apoteótico, com uma street parade que levou milhares de pessoas, entre público e participantes, às ruas da cidade, ainda que o calor não tenha dado tréguas.
Durante quatro dias, o Happy Street Jazz, projeto que proporcionou 61 concertos de 12 bandas Dixieland e 18 filarmónicas nos municípios de Cantanhede, Figueira da Foz e Soure, trouxe o melhor do jazz tradicional, fazendo jus àquele que já foi considerado o melhor festival do género na Europa.
Cantanhede foi palco de 26 concertos nos quatro dias, muitos deles com um verdadeiro mar de gente a assistir, e teve na street parade o ponto alto de evento.
Ao longo do percurso, os grupos de jazz, escolas de dança, bandas filarmónicas, gigantones, entretainers, charretes, carros antigos, bicicletas e outros veículos deram um colorido especial à cidade. Um desfile a que assistiu uma verdadeira multidão e que culminou com uma jam session na praça Marquês de Marialva, com a atuação das bandas Dixie e filarmónicas.
A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede faz um balanço muito positivo, sobretudo pela “adesão extraordinária das pessoas”. “Foi um regresso em grande do Festival Internacional de Dixieland, agora com outra roupagem e com espetáculos fantásticos”, resumiu Helena Teodósio, que deixa uma garantia: “Ainda não sabemos em que moldes se fará no futuro, mas este Festival veio para ficar”.
A autarca entende ainda que este foi um “excelente arranque” para a programação cultural de verão no Município, que terá como ponto alto a 30.ª edição da Expofacic. “É esta dinâmica cultural que queremos implementar em Cantanhede e assim contribuir para a alegria das pessoas e das associações”, concluiu.
Também o vice-presidente do Município e responsável pelo pelouro da Cultura referiu que “a multidão que assistiu a concertos e ao desfile final superou as melhores expectativas”. Pedro Cardoso mostra-se também convicto de que “este grande projeto” terá continuidade nos próximos anos, com os ajustes que lhe permitam “continuar a crescer e melhorar, tendo em vista a ambição da internacionalização deste festival de música”. “Retomámos aquele que foi considerado um dos maiores e melhores festivais do género da Europa, com um sucesso enorme, pelo que queremos continuar a desenhar uma programação e encontrar um formato sempre inovador que faça deste festival uma grande oportunidade no mercado turístico e um evento diferenciador de lugares”, sublinhou o autarca.
O Happy Street Jazz – Festival Internacional de Dixieland resultou da candidatura do projeto designado “Happy Jazz - a Música que nos Une”, liderada pelo Município de Cantanhede – e da qual fizeram parte também os municípios da Figueira da Foz e Soure -, que foi aprovada e financiada pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro, no âmbito da Programação Cultural em Rede.
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