A segunda edição do livro “Estórias de um arquivo judicial”, de José Avelino Gonçalves, que foi durante sete anos juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, foi apresentada na aldeia de Corgas, junto à Associação desta localidade, a 13 de junho, dia do Município, no qual foi celebrado a Cultura. Esta obra, à semelhança da primeira edição, retrata casos e estórias da vivência de pessoas da região, guardadas e esquecidas nos arquivos judiciais.
Na nota introdutória deste novo livro, José Avelino Gonçalves conta que “os processos judiciais constituem uma fonte fundamental e inpainesgotável para o conhecimento da história local e regional”. Quanto ao tipo de estórias que aqui se podem encontrar, pode ler-se que “das suas assentadas nascem estas estórias, simples como as personagens que lhes dão vida”. José Avelino sublinha ainda que “este é um livro que conta estórias de pessoas que tiveram problemas tal como nós, que viveram com os seus conflitos”. Assumindo que o trabalho por si realizado não é muito comum no mundo da Magistratura, refere que “a área que gostava de ter seguido era mesmo a Arqueologia e História. Estou muito bem na Magistratura, mas sempre me ficou este bichinho”. Acrescenta ainda a paixão pela investigação de arquivos, que esteve na base da investigação que deu origem aos dois livros já editados pela Trevim - Cooperativa Editora e de Promoção Cultural, com o apoio do Município.
João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, começa por explicar que a apresentação deste livro em Proença-a-Nova nasce da “relação criada pela Comarca, que estabeleceu um contacto diferenciado com o Município”. O autarca frisou ainda que “a justiça deve de ser íntegra e digna, mas não tem de sofrer de um fenómeno de endeusamento. Foi dessa forma que o juiz José Avelino atuou, dando essa abertura diferenciada que se manifestou, por exemplo, na abertura dos tribunais para atividades culturais”.
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