Números foram avançados pela ministra da Saúde, Marta Temido, à margem de uma visita ao Laboratório Nacional do Medicamento.
O número de casos de varíola dos macacos em Portugal subiu para 166, mais 13 do que os registados na segunda-feira. A informação foi avançada pela ministra da Saúde à margem de uma visita ao Laboratório Nacional do Medicamento, em Lisboa.
Questionada sobre o elevado número de casos da doença em Portugal quando comparado com outros países, Marta Temido respondeu que "os números de cada país são sempre também reflexo daquilo que é a estratégia de notificação do país e a preocupação clínica de notificação".
"Temos procurado fazer um registo muito real e muito empenhado daquilo que é o número de novos casos de infeção por vírus Monkepox como temos procurado fazer um registo muito empenhado de números de casos, por exemplo de Covid", acrescentou a ministra.
A DGS avisa ainda quem apresente “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço” a procurar aconselhamento clínico e evitarem o contacto físico direto com outras pessoas e a partilharem “vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais”.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, as pessoas infetadas devem permanecer isoladas até que as crostas caiam e devem evitar, especialmente, o contacto próximo com pessoas imunossuprimidas e animais de estimação. A abstenção de atividade sexual e contacto físico próximo também é aconselhável.
A varíola dos macacos, que ocorre principalmente na África Ocidental e central, é uma infecção viral que foi registada pela primeira vez na República Democrática do Congo, nos anos 70.
Os sintomas incluem febre, dores de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo. As informações atuais indicam que quem tem maior risco de contágio são aqueles que têm contacto físico próximo com alguém que está infetado e apresenta sintomas.
Segundo a OMS, laboratórios em 27 países já registaram quase 800 casos.
"Neste momento continuamos, sobretudo, com a preocupação do acompanhamento destes utentes. Tanto quanto é do nosso conhecimento, as autoridades acompanham esta evolução com uma prudência não excessiva e, sobretudo, com uma preocupação que estes casos sejam bem tratados", disse ainda.
Sobre se há uma definição de perfil para estes doentes, afirmou que se está a falar de "uma doença e as doenças escolhem pessoas".
"Portanto, aquilo que é muito importante é que, de facto, os conselhos médicos sejam seguidos", rematou Marta Temido, adiantando que a reserva estratégica nacional de medicamentos que o país dispõe já inclui a vacina contra a varíola humana. "E nós estamos atentos àquilo que é a necessidade de reforço da reserva estratégica nacional".
Fonte: Renascensa (• Manuela Pires , Anabela Góis , Cristina Nascimento com Lusa)
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