Apesar da acentuada descida da cotação do Brent e dos combustíveis refinados, as empresas não baixaram os preços finais na mesma proporção.
As grandes empresas de combustíveis em Portugal estão a ganhar cada vez mais dinheiro com a subida das margens de lucro das vendas ao consumidor.
Apesar da acentuada descida da cotação do Brent e dos combustíveis refinados, as empresas não baixaram os preços finais na mesma proporção. Uma situação que vai continuar na semana que vem porque as descidas serão pequenas.
No caso da Gasolina sem chumbo 95, o gráfico da ENSE - Entidade Nacional para o Setor Energético - não deixa dúvidas. A 6 de junho, a margem bruta era de apenas seis cêntimos por litro. Ao longo das últimas cinco semanas, esta margem teve um aumento enorme e, esta sexta-feira, já está nos 34 cêntimos por litro.
No caso do gasóleo simples o gráfico mostra um comportamento idêntico: a 6 de junho a margem bruta era de apenas seis cêntimos por litro. Nas últimas cinco semanas esta margem subiu em flecha e esta sexta-feira já atinge os 30 cêntimos por litro.
Em conclusão, as descidas do crude e dos refinados só foram parcialmente refletidas nos preços aos clientes finais por causa da subida acentuada das margens das empresas distribuidoras de combustíveis.
Segundo fontes do setor, a partir da próxima segunda-feira está prevista uma descida de seis cêntimos na gasolina e de apenas meio cêntimo no gasóleo. O que significa que as margens da distribuição de combustíveis a favor das empresas vão continuar a níveis muito elevados.
Contactada pela SIC, a APETRO, associação das Empresas Petrolíferas, não quis comentar os números. A associação refere apenas que os lucros são sempre menores que a margem bruta da venda de combustíveis.
SIC Notícias
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