Português de 52 anos, que se apresentava como intermediário para captação de investimentos, chegou a pagar juros a algumas vítimas para as iludir. Foi apanhado em Espanha.
São pelo menos 30 crimes de burla qualificada, cometidos entre 2019 e 2020, que levaram à detenção de um português, de 52 anos, em Espanha, para onde tinha fugido mesmo antes das vítimas conseguirem apresentar queixa. No total, terá conseguido apoderar-se de mais de um milhão de euros.
Foi agora detido pela Polícia Judiciária (PJ), em colaboração com as autoridades espanholas, e já foi extraditado para o nosso País. Presente a um juiz, ficou em prisão preventiva.
Os contornos do caso foram revelados, esta terça-feira, pela PJ num comunicado que detalha como o suspeito se apresentava “como intermediário financeiro e promovia uma atividade de captação de investimentos”.
O arguido prometia “rendimentos mensais consideráveis, com taxas de juro muito tentadoras, em nome duma sociedade com sede na Suíça, que se veio a apurar ser inexistente”, adiantou a força policial
Para “dar credibilidade ao embuste”, celebrou contratos com as vítimas e chegou, nalguns casos, a pagar alguns juros, “de modo a convencê-las de que se tratava de um negócio credível e muito rentável, determinando-as assim a reforçar os investimentos iniciais, com a entrega de mais quantias”.
Era então que, com a desculpa da “instabilidade conjuntural dos mercados financeiros”, deixava de pagar os juros aos ‘clientes’, a quem sacou mais de um milhão de euros. Nessa altura, as vítimas tentaram resgatar os capitais investidos, mas já era tarde demais e o suspeito ficava incontactável.
A PJ começou a investigar o esquema após receber queixas de algumas das vítimas, constatando que o burlão fugiu do País ainda antes mesmo de qualquer denúncia ter sido feita.
SIC Notícias
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