O “Recife do Algarve - Pedra do Valado: um tesouro escondido a proteger” foi o tema da sessão pública informativa e participativa realizada no passado dia 26 de maio, na Lota, em Armação de Pêra, por ocasião do 24.º Festival da Caldeirada e do Mar.
A iniciativa contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, e com a participação, enquanto oradores, de Maxime Sousa Bispo, Vereador da Câmara Municipal de Silves, Manuel João Prudêncio, Presidente da Associação de Pescadores de Armação de Pêra, e Jorge Gonçalves, Bárbara Horta e Costa e Mafalda Rangel, investigadores do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve.
Relembramos que, unidos por um interesse comum, o Centro de Ciências do Mar, a Fundação Oceano Azul e os Municípios de Silves, Albufeira e Lagoa promoveram e dinamizaram, em conjunto com 76 entidades, um processo de construção único, coletivo e inovador que levou à apresentação de uma proposta para a criação da primeira Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário (AMPIC): o Parque Natural Marinho Recife do Algarve – Pedra do Valado.
Trata-se do maior recife rochoso costeiro a baixa profundidade em Portugal, beneficiando de condições naturais singulares e que suporta uma biodiversidade marinha única, com muitas espécies de interesse comercial e com interesse para a conservação, tendo estudos pioneiros de mapeamento de habitats e biodiversidade marinha, permitindo identificar esta área como uma das mais ricas em termos de biodiversidade, com cerca de 905 espécies, equivalente a 70% de todo o litoral marinho algarvio. A singularidade desta área é, ainda, reforçada pela descoberta de 45 novos registos para Portugal e sobretudo de 12 novas espécies para a ciência.
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