Depois
de, no passado fim de semana, ter estreado a peça que produziu para
o 24.º Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, o Grupo de Teatro
Experimental “A Fonte” de Murtede cumpre este sábado, 3 de
fevereiro, a primeira jornada de itinerância no Centro Cultural de
Portunhos. Com início às 21h30, “Família, Família, Negócios à
Parte” foi escrita expressamente para o certame por Cristina Serém
e Daniela Almeida, que construíram um enredo em torno da personagem
de Carlos António Coutinho de Marialva, empresário do ramo vinícola
do concelho de Cantanhede. Numa das suas viagens de negócio, contrai
uma doença rara, que o deixa em estado vegetativo. Com um
prognóstico muito reservado, a sua esperança de vida é curta,
podendo ser meses, semanas ou até dias. A sinopse do espetáculo
deixa no ar dúvidas sobre o caso, lembrando que, “por mais que a
sociedade evolua, a ambição e o individualismo continuam a reinar
nesta sociedade dita civilizada”.
Igualmente
no sábado, a Episódio Medieval – Associação de Teatro e
Recriação Histórica apresenta-se na sede da Associação Cultural
e Desportiva do Casal para representar a peça “D. Pedro e D. Inês
de Castro”, também com início às 21h30.
A
sinopse do enredo construído por Nuno Marques refere que “se há
estória de amor que tenha marcado a história de Portugal é a do
amor proibido entre o infante D. Pedro e Inês de Castro, dama de
companhia da sua mulher, D. Constança Manuel. Depois da morte desta,
em 1345, D. Pedro passou a viver maritalmente com D. Inês,
afrontando assim o rei D. Afonso IV, seu pai, que, por pressão da
corte, acabou por conduzir ao desfecho trágico.
A
dimensão simbólica desta história de amor, que povoa o imaginário
português, está documentada na célebre Declaração de Cantanhede
que D. Pedro Proferiu em 12 de junho de 1360, proclamando que se
havia casado secretamente com D. Inês e impondo o seu reconhecimento
como rainha de Portugal.
A
edição de 2024 do Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede tem a
participação de 17 grupos cénicos, os quais, até final do mês de
abril vão realizar dois espetáculos, uma na sua comunidade de
origem, outro numa das localidades onde estão sedeadas as entidades
envolvidas, no âmbito do programa de itinerância definido para o
efeito.
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