segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

MAIS UM NATAL


Por J. Carlos (*)

Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo. (Evangelho de S. Mateus 2:1-2).
Gloria a Deus nas alturas, PAZ na terra, boa vontade para com os homens. (Evangelho S. Lucas 2:14).
Se lermos com atenção o Evangelho de Lucas, constamos que José e Maria ficaram muito alegres. Até os anjos cantaram glória a Deus nas alturas, em louvor a Deus, pelo nascimento do menino Jesus.
Ainda hoje nós falamos no nascimento de Jesus. Com que convicção? Sentimos o desejo de cantar os belos hinos que os anjos cantaram, naquela ocasião, e de recitar as lindas poesias que falam do seu nascimento, da vida e do amor de Jesus.
Todos nós nos alegramos quando chega o Natal, mas essa alegria não é só porque recebemos presentes, doces e brinquedos. Não. A nossa alegria é pelo maior presente que poderíamos ganhar no Natal: JESUS, O NOSSO AMIGO E SALVADOR.
“Na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador que é Cristo, o Senhor.” (Evangelho S. Lucas 2:11).
"Hosana" é a junção de três palavras em aramaico, que significa "Salva-nos já", "Salva-nos Senhor, agora".
Esta aclamação “Hosana nas alturas!” é uma oração ao coração de Deus. Significa: “Salva-nos agora, ó Tu que habitas nas maiores alturas”. Os homens em pleno século XXI ainda duvidam desta realidade.
Nesta época ouve-se com frequência algumas conversas relacionadas com a fé de cada um, a religião de cada um, sempre com algumas reservas, mas, persiste sempre a grande interrogação: Qual é a religião verdadeira? Das que existem, em qual delas devemos acreditar? Leiamos o que está escrito na Bíblia Sagrada: “Se alguém, pois, julga que é religioso, não refreando (conter) a sua língua, mas seduzindo o seu coração, a sua religião é vã.” (edições Paulistas).
A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas, nas suas tribulações (necessidades), e conservar-se puro deste século (mundo).” (Epístola de S. Tiago 1: 26-27). Como o genuíno cristianismo se encontra em decomposição, o homem passou a ser deus do homem. «Ponhamos de parte o que nos separa, e amemos o que nos aproxima» esta a divisa de João XXIII.
Nesta linha de reflexão, será que os cristãos sabem o que Jesus disse sobre si próprio, ainda que possa parecer estranho? “Eu sou pão da vida”, “Eu sou a luz do mundo”, “Eu sou a porta”, “Eu sou o bom pastor”, “Eu sou a ressurreição e a vida” Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, ninguém vai ao pai senão por mim, “ Eu sou a videira verdadeira, e o meu pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto”. (Evangelho S. João 15.1,2).
Todas estas referências estão escritas na Bíblia Sagrada, quanto muito a diferença pode existir numa tradução mais fácil, para melhor atendimento. O elemento central é a pessoa de Jesus Cristo. A razão de Jesus vir à terra não era exclusivamente o seu sacrifício na cruz! Deus prometeu em Isaías 7:14: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel". O nome Emanuel significa "Deus connosco" (Mateus 1:23) e implica mais do que uma breve visita para um acto sacrificial; revela antes o compartilhar da experiência humana.
Um homem sem Cristo no coração, é como uma dispensa desprovida de alimentos para alimentar o corpo. O Senhor da minha Fé não é um Deus qualquer em que creio.
«Não creio no Deus dos «magistrados», nem no deus dos «generais» ou das orações patrióticas, do deus dos exércitos. Não creio no deus dos hinos fúnebres, nem no deus das salas de audiência ou dos prólogos das constituições. Não creio no deus da sorte dos ricos, nem no deus do medo dos opulentos, ou da alegria dos que roubam o povo. Não creio no deus da paz mentirosa, nem no deus da justiça impopular, ou das tradições vazias e sem alma.
Não creio no deus dos sermões vazios, nem no deus das saudações protocolares, ou dos matrimónios sem amor. Não creio no deus construído à imagem e semelhança dos poderosos, nem no deus inventado para sedativo das misérias e sofrimentos dos pobres. Não creio no deus que dorme nas paredes ou se esconde nos cofres das igrejas. Não creio no deus dos natais comerciais, nem no deus das propagandas coloridas. Não creio nesse deus feito de mentiras tão frágeis como o barro, nem no Deus da ordem estabelecida sobre a desordem consentida.
O Deus da minha fé nasceu numa gruta, era judeu. Foi perseguido por um rei estrangeiro e caminhava errante pela Palestina; fazia-se acompanhar por gente do povo, dava pão aos que tinham fome, luz, aos que viviam nas trevas, liberdade, aos que jaziam acorrentados, paz, aos que suplicavam por justiça.
O Deus da minha fé punha o homem acima da lei e o amor no lugar das velhas tradições. Ele não tinha uma pedra onde recostar a cabeça e confundia-se entre os pobres…»
«O Deus da minha fé é aquele que pela sua carne me permite ainda hoje e sempre dizer: TODO O HOMEM É MEU IRMÃO». (Tempo de Mudança, Pág. 216, Outubro 1979, Dr. Mário Rocha).
Muitos pronunciam “Feliz Natal”. Sem Jesus, pode haver Natal de fartura, mas não há Feliz Natal! Natal não é celebrar uma data, mas uma pessoa! Pessoa que é a primícia da Nova Humanidade, totalmente o admirável pensamento de Emmerson: «Para compreender bem, seja o que for, há que descer sobre o assunto de mais alto». As horas difíceis são sempre horas grandes porque são um desafio à grandeza fé e à generosidade da alma.
E só orientados por esta luz é que os planos humanos poderão dar bons resultados. Feliz aniversário, Jesus! Que a tua prenda seja a entrega de mais corações dedicados a Ti e ao Teu serviço.
A todos os leitores do LITORAL CENTRO, em especial aos dadores de sangue, quer sejam ou não sócios da ADASCA: BOAS FESTAS, que nunca vos falte a SAÚDE e o pão de cada dia, são os meus votos sinceros.


(*Jornalista)

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