segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Não pode existir um Serviço Nacional de Saúde para pobres, e outro para ricos


José Carlos Gomes, atual presidente do Colégio Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, e candidato a Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, pelo programa, “Enfermagem com Futuro”, promoveu diversas reuniões com enfermeiros a nível nacional a fim de auscultar os profissionais de saúde das mais diversas unidades hospitalares, sobre eventuais problemas que os possam estar a afetar a nível profissional como no âmbito pessoal: cálculo das dotações de enfermagem; condições do exercício profissional, entre outros
Segundo José Carlos Gomes, na abordagem e no debate promovido permitiu perceber que “os problemas sentidos pelos enfermeiros são comuns, passando pelo número insuficiente de enfermeiros e o não reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, nomeadamente no que diz respeito à sua remuneração”.

O candidato a Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, referiu ao longo destas reuniões de aproximação, perante estes profissionais de saúde que a prioridade entre os seus 18 compromissos com a classe, para o próximo quadriénio, (a Ordem faz 18 anos de existência no início do próximo ano), é o eixo clinica, ensino e investigação.

«Em relação à clinica, pretendo devolver a dignidade àquilo que é atividade profissional de enfermagem: condições de trabalho e dotações seguras», observa José Carlos Gomes.

 O responsável pelo Colégio Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros recordou que muito dos problemas que os enfermeiros enfrentam têm a ver com algum divórcio que tem existido entre estas três frentes áreas. O ensino, embora de elevadíssima qualidade, vai contra todas as boas praticas do ensino que se quer promotor de desenvolvimento, enquanto a investigação deve ser baseada nos contextos da prática.


 José Carlos Gomes refere ainda que a desnatação a que se está a assistir no Serviço Nacional de Saúde (SNS), é assustadora. «Não quero um país onde exista um SNS para ricos e outro para pobres, porque é prejudicial para a população, para aquilo que é a qualidade assistencial da saúde e para o desenvolvimento do próprio país, mesmo do ponto de vista económico»


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