Novos testes científicos provaram que este vestido, encontrado em 1900 numa tumba egípcia, tem mais de cinco mil anos.
É um vestido de linho, com decote em V, perfeitamente costurado e com pormenores plissados. Podia ser a descrição de mais um vestido da moda, não fosse o facto de este ser o mais antigo do mundo.
Conhecido por “Tarkhan”, a peça foi encontrada no ano de 1900 numa tumba egípcia mas, graças a novos testes científicos, sabe-se agora que o vestido tem mais de cinco mil anos.
Segundo a revista National Geographic, este vestido é um autêntico achado e representa “a complexidade e a riqueza da antiga sociedade que o produziu”.
Isto acontece porque são poucas ou quase nenhumas as peças de roupa feitas de fibras vegetais ou peles de animais que sobrevivem ao longo do tempo sem se desintegrarem.
Prova disso são as declarações de Alice Stevenson, uma das autoras do novo estudo publicado sobre o vestido na revista Antiquity, que diz que este tipo de peças que resistem ao tempo normalmente não têm mais do que dois mil anos.
Apenas algumas peças com a mesma idade sobreviveram intactas até aos dias de hoje, mas eram sempre pedaços de pano que tinham apenas a função de embrulhar os defuntos.
Pelo contrário, este vestido mostra-nos o passado da alta-costura, com detalhes bem vincados que mostram que terá sido elaborado por um artesão especializado.
As pregas nos cotovelos e nas axilas também sugerem que alguém realmente usou este vestido e que essa pessoa devia pertencer a uma camada alta da sociedade egípcia.
De acordo com Stevenson, que também é curadora do Museu Petrie de Arqueologia Egípcia de Londres, local onde se encontrava esta relíquia, é provável que o vestido tenha sido originalmente mais longo.
O vestido foi enviado para o museu londrino no início de 1900 e permaneceu esquecido até 1977, altura em que especialistas em conservação ‘tropeçaram’ na peça. A idade exata do vestido foi conseguida através de uma técnica por rádio-carbono.
ZAP / HypeScience
Nenhum comentário:
Postar um comentário