sábado, 6 de fevereiro de 2016

Mensagem Oficial para o 9º. Aniversário da ADASCA em 2016


Quando se decide comemorar um aniversário, quer seja de uma pessoa ou de uma instituição é porque existem razões de ordem pessoal para o fazer, ou de ordem social, como é o caso da ADASCA.

Hoje comemora-se o 9º. Aniversário da única Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro em paralelo com uma Colheita de Sangue aqui junto da sua Sede social e Posto Fixo. Os dadores são a são principal razão desta comemoração.

Fundador e Presidente da Direcção da ADASCA
Decorridos estes 9 anos, com imensos amargos de boca, com algumas derrotas à mistura, mas, também com alguns objectivos concretizados, sempre visando o melhor para os dadores de sangue quer sejam nossos associados ou outros que nos procuram ocasionalmente, na medida em que somos visitados por dadores das mais diversas localidades do Distrito, tais como de Estarreja, Albergaria, Ovar, Espinho, Esmoriz, Águeda, Oliveira do Bairro, Oiã, Anadia, Mealhada, Ílhavo, Vagos, Mira, Sever do Vouga, Talhadas do Vouga, Oliveira de Azeméis, Esmoriz, Ovar, até da figueira da Figueira da Foz, entre outras localidades. Estas visitas torna o peso das nossas responsabilidades ainda maior, dizendo-nos que não se deve brincar em serviço apesar de todos sermos voluntários.

Nestes nove anos de existência um pouco atribulada, com o imprescindível apoio da Câmara Municipal de Aveiro, como da União de Junta s de Freguesia da Glória e Vera Cruz conseguimos ter Sede e Posto Fixo a funcionar em pleno, devidamente equipados. É caso para dizer: a região de Aveiro está mais bem servida com a dinâmica que a ADASCA tem vindo a implementar na área da dádiva de sangue. Só não vê quem não quer. Resultados de uma séria e tenaz dedicação.

Não temos a menor dúvida que presentemente a ADASCA é a associação que mais resultados têm alcançado em termos de dádivas de sangue, se tivermos em conta que não nos é permitido deslocarmos às restantes Freguesias que compõem geograficamente o Concelho de Aveiro, nem sequer ao interior do Campus Universitário para ali realizarmos sessões de colheitas. O posso e mando são reflexos de puro autoritarismo.

 Em tempos ainda nos deslocávamos à Freguesia de S. Jacinto, agora apenas nos resta a Freguesia de Cacia, quanto às restantes nem pensar, por força do proteccionismo doentio  existente em torno de uma associação congénere,  sediada num Concelho limítrofe,  o que não deixa de ser no mínimo ridículo ou surrealista.

Não foi fácil conduzir os destinos desta associação até este dia. A geografia de sessões de colheitas para Aveiro está há anos prisioneira de interesses. Quem conhece as actividades desta associação sabe que não estamos a alegar nada que não corresponda à verdade. Vícios adquiridos e implementados no terreno como se alguém fosse o dono disto tudo.

Não há um sim, sem um senão: nunca foi feito tanto em prol dos dadores e por sua vez em prol da dádiva no Concelho de Aveiro, desde que a Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro surgiu no ano de 2006, por estranho que possa parecer, contra a vontade de algumas pessoas recheadas de boas intenções, que procuraram colocar-se ao projecto.

A colagem a interesses estranhos, esquisitos, entram-nos pelos olhos adentro, só lamento que os dadores não abram os olhos, continuem a deixar-se levar com palmadinhas nas costas. Será que não sabem distinguir quem lhes quer bem, quem procura fazer tudo para que a nossa dignidade seja respeitada na íntegra? Não deixa de ser estranho. A mim incomoda-me profundamente. Assim me exprimo porque ainda dou sangue, tendo efectuado a última dádiva no pretérito dia 27 de Janeiro.

De vez enquando perguntam-me: “doar sangue no Posto Fixo da ADASCA ou noutra associação qualquer não é tudo para o mesmo”? É. Mas, não é tudo o mesmo. Como o Benfica não é o Porto, nem o adepto do Porto não vai pagar as cotas no Benfica. Convém recordar que a ADASCA nesta data congrega cerca de 3671 dadores associados de pleno direito. Sendo este o seu património mais valioso.

Esta exposição dava pano para mangas. Repito: abram os olhos, e procurem saber quem está na vossa retaguarda a defender reposição das taxas moderadoras nos hospitais públicos e não só, quem dá a cara e os ouvidos por vós enquanto outros se fazem de “raposas manhosas” para não ficarem mal vistos.

Lendo a edição do CM do dia 12 de Janeiro, página 11 deparo-me com um texto que resulta da leitura de uma sentença pelo juiz Bráulio Alves contra um funcionário do estado que prevaricou e diz o seguinte: “Nós, que servimos o estado, temos o dever de isenção, rigor e disciplina superior ao das outras pessoas”. Faltam estes atributos a alguns funcionários do CST de Coimbra.

Finalmente, e por falar do CST de Coimbra é tempo de introduzir outra orgânica a nível de recursos administrativos, onde o dialogo, a cooperação e a aproximação se façam sentir como factores motivacionais nas relações humanas, deixando de ser um centro de promoção de conflitos como deixa transparecer para o exterior.

Esta é uma das nossas sérias preocupações que daremos conta em reunião no dia 10 do corrente com o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Dr. Fernando Araújo, como ainda a preocupação que nos assiste pela nomeação do novo presidente do conselho directivo do IPST, na medida em que o actual tem deixado muito a desejar, a partir do momento de nos adjectivou de terroristas de sangue e de sindicalistas.

QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER!

Amem a liberdade, sejam felizes.
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA


Aveiro, 6 de Fevereiro de 2016-02-06

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